Política

Presidente das Mulheres Social-Democratas quer “ajudar” Rio a encontrar candidatas

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 08-03-2021

A presidente das Mulheres Social-Democratas (MSD) apelou às coordenadoras distritais desta estrutura para indicarem mulheres que estejam disponíveis para integrarem as listas das próximas autárquicas, depois de Rui Rio ter admitindo dificuldade em encontrar candidatas.

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De acordo com uma mensagem interna a que a Lusa teve acesso, a deputada Lina Lopes, que preside às MSD (estrutura informal ainda não consagrada nos estatutos do PSD) apelou às coordenadoras distrais que lhe enviem esta semana nomes, contactos e notas biográficas de mulheres e que listas de câmaras ou freguesias estariam disponíveis a integrar, de modo a transmiti-las ao presidente do PSD até ao próximo sábado.

Contactada pela Lusa, Lina Lopes explicou que não falou com Rui Rio sobre esta iniciativa, mas sublinhou que o objetivo “é ajudar o presidente do partido”, que no sábado admitiu dificuldade em captar mulheres para as listas autárquicas.

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“Nós queremos ter mulheres nas listas, nós queremos dar destaque às mulheres, no entanto batemos de frente com a realidade e há muito poucas mulheres disponíveis”, afirmou Rui Rio, no encerramento da 5.ª Academia de Formação Política para Mulheres do PSD.

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Depois destas afirmações, Lina Lopes ter recebido “milhentas” mensagens de mulheres do PSD e disse querer perceber “qual é o problema”.

“Será que não há de facto mulheres disponíveis ou será porque lhes é pedido para fazer campanhas e depois não têm lugares? Ou como os nomes são propostos por concelhias e distritais, será que é aí que estão as dificuldades?”, questionou.

Lina Lopes reitera que o propósito das MSD é “ajudar o presidente do partido” e diz até já ter recebido vários nomes de mulheres disponíveis para as listas autárquicas, “algumas delas doutoradas”.

“Provavelmente, este grito de alerta foi ouvido também pelas próprias concelhias e distritais e vão começar a falar com mais mulheres”, disse.

Até agora, o PSD anunciou apenas três mulheres candidatas a presidentes de Câmara nos primeiros 102 nomes apresentados na quarta-feira, entre novidades e uma lista de autarcas em exercício de funções que se podem recandidatar.

Nos nomes apresentados como novidades – em câmaras em que o PSD não está no poder – há apenas uma candidata num leque de 25: Cristina Ferreira, à Câmara de Penedono (no distrito de Viseu), autarquia da qual já foi vice-presidente.

Todos os restantes 24 nomes já homologados são homens, incluindo os até agora mais mediáticos Carlos Moedas (candidato a Lisboa) e Fernando Negrão (Setúbal).

Entre os 77 atuais autarcas do PSD que foram igualmente apresentados como candidatos – com a ressalva de que terão homologação garantida quando (e se) decidirem recandidatar-se – há duas mulheres a recandidatar-se a presidentes de Câmara: Maria do Céu Quintas a Freixo de Espada à Cinta (no distrito de Bragança) e Maria Helena Oliveira a Cantanhede (distrito de Coimbra).

Se todos estes nomes se confirmarem e o PSD encabeçar listas à totalidade dos 308 municípios, faltarão conhecer, da parte dos sociais-democratas, 206 candidatos a presidentes de Câmara.

A lei obriga a que seja respeitada a paridade nas listas de candidaturas para os órgãos eletivos das autarquias locais, na lista de candidatos a vogal das juntas de freguesia e nas listas às mesas dos órgãos deliberativos das autarquias locais.

“Entende-se por paridade, para efeitos de aplicação da presente lei, a representação mínima de 40 % de cada um dos sexos, arredondada, sempre que necessário, para a unidade mais próxima”, refere o diploma, que estipula ainda que “não podem ser colocados mais de dois candidatos do mesmo sexo, consecutivamente, na ordenação da lista”.

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