Os motoristas dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) terminaram este domingo uma greve de sete dias, que teve início a 1 de agosto, em luta contra o alegado incumprimento do Acordo Coletivo de Empregador Público (ACEP). Para o dia 23 de agosto está marcada uma reunião entre o Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) e o presidente da Câmara Municipal de Coimbra. O sindicato avisa que se as negociações não chegarem a bom porto a greve volta no arranque do ano letivo.
Numa nota enviada à comunicação social, a Câmara de Coimbra dá conta que durante a greve desta semana foram “efetuadas 81% das viagens previstas, com uma adesão de 61% dos trabalhadores” dos SMTUC. Ao Notícias de Coimbra Manuel Oliveira, do SNMOT, que convocou a paralização, diz não “querer entrar na guerra dos números”, mas confirma que “a greve ultrapassou todas as expetativas”.
Em relação ao facto de o município tornar público que o ACEP não se aplica aos trabalhadores dos SMTUC Manuel Oliveira questiona: “Então porque fomos chamados a assiná-lo?” “Nós não assinámos o acordo com um executivo, assinámos com a Câmara de Coimbra que tem de saber honrar os seus compromissos”, sublinha o dirigente sindical, falando de “incongruência e desorientação”.
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Manuel Oliveira afirma ainda que, em reunião tida em julho foi dito que para que “se cumprisse o acordo a Câmara teria de contratar 17 novos motoristas, agora falam em 32 turnos de trabalho”.
Em causa está o facto de os motoristas iniciarem o seu serviço num local e terminarem a sua jornada de trabalho diária noutro local distinto, com o acordo a indicar que o tempo que dista entre o local de início e de termo deve estar incluído no horário de trabalho, ao contrário do que está a ser considerado atualmente.
Manuel Oliveira assegura que se, na reunião de 23 de agosto que terá sido solicitada por José Manuel Silva, a Câmara, os SMTUC e o SNMOT não chegarem a entendimento, os motoristas avançam com nova paralização em pleno arranque do ano letivo. “Não é o que queremos fazer, mas parece que continuamos a falar sozinhos”, remata o dirigente.
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