Região

Pai e filhos vão ser julgados por matarem homem na Figueira da Foz

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 8 meses atrás em 04-09-2023

O corpo de um homem foi encontrado, na tarde de 27 de agosto de 2022, num ribeiro junto ao Rio Pranto, na freguesia de Alqueidão, no concelho da Figueira da Foz. 

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O cadáver estava em avançado estado de decomposição, sendo provável que já estivesse naquele local há algum tempo. O alerta foi dado por dois homens que estavam a pescar.

A vítima mortal não tinha consigo qualquer identificação e foi transportada para o Instituto de Medicina Legal para ser autopsiada e perceber quais as causas da morte, bem como se haveria intervenção de terceiros, o que mais tarde se veio a confirmar.

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Em outubro, é atribuída a pena de prisão preventiva para cinco homens. O Tribunal de Instrução Criminal de Coimbra determinou a prisão preventiva a um pai e quatro filhos, por matarem o homem, de 32 anos. A decisão foi determinada no primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas dos suspeitos. Tudo devido a um “ajuste de contas”.

Os detidos, com idades entre os 22 e os 64 anos, residem no concelho figueirense e tinham antecedentes criminais relacionados com tráfico de droga, mas também roubo com recurso a arma de fogo, sequestro e ofensa física agravada. “O que estará na origem dos crimes terá sido um desentendimento em negócios ilícitos”, afirmou na altura a PJ à agência Lusa, esclarecendo que a vítima, também da Figueira da Foz, era consumidor e tinha também antecedentes de tráfico de droga.

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A mesma fonte explica que os cinco detidos terão recorrido “a muita violência, utilizando, além da força física – murros e pontapés -, objetos contundentes como paus”, acabando por provocar lesões fatais na cabeça da vítima.

Posteriormente, “transportaram o corpo num carro para uma zona de terrenos agrícolas”, na fronteira entre os concelhos de Montemor-o-Velho e a Figueira da Foz,  tendo deixado o corpo submerso num curso de água.

Agora, quatro dos cinco arguidos vão “ser julgados no Tribunal de Coimbra por homicídio qualificado e profanação de cadáver ou de lugar fúnebre”, escreve o Diário de Coimbra. O jornal consultou a acusação que descreve que o progenitor mais três filhos amararam o corpo da vítima “a um tijolo com cerca de 23 quilos e com uma corda de nylon à cintura” e “afundaram-no”. 

O Ministério Público (MP) menciona que o arguido mais velho, de 64 anos, voltou ao local do crime para se certificar que o cadáver teria ido ao fundo. 

As buscas começaram e as autoridades encontraram a bicicleta da vítima em casa dos suspeitos que já teriam mudado a cor para passar de despercebida, assim como foram encontrados vestígios de sangue numa carrinha .

O quinto arguido, filho e irmão, está “acusado de omissão de auxílio e detenção de arma proibida”, descreve a mesma fonte. O MP menciona que o homem, de 41 anos, saberia do plano. Deslocou-se ao local das agressões, onde assistiu a tudo e voltou para casa sem anda fazer para a auxiliar a vítima. No momento em que decorriam as buscas, foi -lhe apreendida uma espingarda para a qual não tinha licença de uso. 

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