Região

Associação afirma que “privados cortam água de fonte pública na Serra da Lousã”

Notícias de Coimbra | 9 meses atrás em 23-08-2023

Na sequência de um pedido de intervenção urgente da São Lourenço – Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) deslocou, no dia 11 de agosto, uma equipa ao largo Armando Marques, onde pôde confirmar um novo corte abusivo da água da fonte pública do parque de merendas, junto à capela de São Lourenço.

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Segundo Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba, “foi possível verificar que, tal como já tinha acontecido em junho, o desvio da água pública resultou de uma ação unilateral de uma empresa que, até agora impunemente, efetuou no local movimentações de terras numa vasta área, eliminando todo o coberto vegetal, incluindo espécies protegidas e toda a faixa de proteção legal de 10 metros de largura para cada margem da ribeira.

Este crime ambienta motivou em abril uma queixa da associação ao Ministério Público, cujo processo está ainda em desenvolvimento.

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“Agora, mais uma vez, a água deixou de correr na fonte do São Lourenço, abastecida a partir da referida linha de água, afluente da ribeira de São João, em plena Serra da Lousã, cuja piscina da Senhora da Piedade, a jusante, perdeu este ano a Bandeira Azul por causas que é legítimo associar a diversas movimentações ilegais ocorridas nas encostas a montante”, lamenta a Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba

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Respondendo ao solicitado pelos técnicos da APA – Administração da Região Hidrográfica do Centro (ARHC), a direção da associação acompanhou a vistoria, designadamente ao local da captação e às duas fontes do lugar: a que está junto à capela, no sítio do Penedinho, construída em 1984 pela Comissão de Melhoramentos, cuja água foi novamente desviada, e a mais antiga, uma obra que remonta aos anos de 1930.

A direção tinha estado na Silveira, no dia 5, para preparar um evento dos sócios, previsto para 13 de agosto destinado a assinalar, simbolicamente, a histórica festa do São Lourenço.

A Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba verificou que a fonte da capela estava seca, tal como já tinha acontecido há dois meses, antes do III Encontro Diásporas Mil da Serra da Lousã, cuja realização chegou também a estar ameaçada.

“Repetiu-se a lamentável provocação de quem acaba de chegar, mas já pensa que todo o mundo é seu!”, fria a Associação em comunicado enviado a Notícias de Coimbra.

No dia 7 de agosto, a Associação São Lourenço solicitou a intervenção da APA, tendo dirigido idênticos pedidos à Câmara Municipal da Lousã e à Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho.

Após a fiscalização dos representantes do Estado, a água foi reposta na fonte na tarde do dia 11, avança a  Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba

Após uma semana de incertezas, ficou a associação sem condições de concretizar o convívio, no dia 13, com todos os prejuízos materiais e morais associados a mais esta investida contra os legítimos interesses dos cidadãos que representa.

“Não é admissível a interrupção do caudal de uma pequena ribeira para fins privados, deixando a fonte pública sem água Este ato configura, aliás, uma atitude de reiterada provocação à Associação São Lourenço e à comunidade em geral, pondo em causa a paz social”, conclui a entidade regionalista.

Entretanto, a esta instituição sem fins lucrativos chegaram queixas de visitantes que demandam a Serra da Lousã e que esperam matar a sede ou reabastecer-se de água no local, sendo surpreendidos com a fonte seca.

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