Mundo

Alarme no Chade após mais de 6.000 casos do vírus chikungunya

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 28-08-2020

O Governo chadiano deu o alarme depois de mais de 6.000 pessoas terem sido detetadas como estando infectadas com o vírus chikungunya em Abéché (leste), a quarta maior cidade do país, revelou hoje o ministro da Saúde do Chade, noticia a Agência Lusa.

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A primeira infeção deste vírus, que é transmitido aos humanos através de picadas dos mosquitos ‘Aedes aegypti’ e ‘Aedes albopictus’, foi detetada no passado dia 14 numa doente de 64 anos, disse Abdoulaye Sabre.

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Desde então, foram noticiadas 6.163 infeções em Abéché, a capital da região de Ouaddaï, com pouco mais de 75.000 habitantes, onde a preocupação é generalizada.

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Até à data, o vírus não causou quaisquer mortes, mas as autoridades manifestaram preocupação com este surto.

“Colocámos todos os doentes em tratamento. Alguns já recuperaram, mas cerca de 3.000 pessoas ainda estão a ser tratadas”, disse Sabre.

“Estamos sobrecarregados e com pouca capacidade de receção [dos doentes]. Pedimos aos nossos parceiros que nos ajudem. Notificámos oficialmente a Organização Mundial de Saúde”, disse o ministro.

Uma missão ministerial deixou hoje Ndjamena e dirigiu-se a Abéché para fornecer as orientações necessárias para responder à epidemia.

“Depois da covid-19, é mais um teste que estamos a passar aqui em Abéché. Não sabemos o que fazer. Temos medo de ir ao mercado, medo de ir à mesquita por causa da propagação desta doença”, disse Adam Nassour, um residente da cidade, citado pela agência Efe.

As recentes inundações em Abéché levaram à propagação de mosquitos, o que “explica o ressurgimento desta doença” na cidade, após mais de 30 anos sem casos, disse o epidemiologista Djiddi Ali Sougoudi.

O vírus chikungunya, contra o qual não existe vacina, causa febre, fadiga e dores na cabeça e articulações, náuseas e erupções cutâneas, sintomas que normalmente aparecem três a sete dias após a mordida do mosquito e podem durar até três semanas.

Este problema de saúde vem juntar-se à pandemia de covid-19, que até à data causou 1.004 infeções e 77 mortes. Foram dados como recuperados 875 doentes, de acordo com os últimos dados oficiais.

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