Economia

Renault passa de prejuízos para lucros de 369 ME no primeiro semestre

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 30-07-2021

A Renault anunciou hoje que obteve um lucro líquido de 368 milhões de euros no primeiro semestre, contra um prejuízo 7.386 milhões de euros no mesmo período do ano passado, devido ao forte impacto da pandemia no setor.

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Num comunicado, o grupo automóvel francês, que precisa que ganhou 1.048 milhões no primeiro semestre de 2019, o último exercício financeiro em circunstâncias normais, adianta que o volume de negócios atingiu 23.357 milhões de euros no primeiro semestre desde ano, mais 26,8% do que em igual período de 2020, mas 16,7% abaixo nos primeiros seis meses de 2019.

“Voltámos a ganhar dinheiro no nosso negócio principal”, salientou o CEO (Chief Executive Officer) do grupo, Luca de Meo, numa conferência telefónica com analistas financeiros.

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As vendas globais foram de 1.422.563 veículos, tendo registado um aumento de 18,7% face à primeira metade de 2020, embora 24,2% abaixo das de 2019.

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A contribuição da Nissan do Japão para o lucro líquido foi de 100 milhões de euros, em comparação com uma perda de 4.817 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado.

A empresa destacou a melhoria de outros indicadores, tais como a margem operacional sobre vendas e ‘cash flow’ (-70 milhões de euros em comparação com -6.375 milhões na primeira metade de 2020 e -716 milhões na de 2019), ou que o objetivo de reduzir os custos fixos em 2.000 milhões de euros será alcançado até ao final de 2021, um ano antes do previsto.

“Estes resultados são o fruto do nosso plano estratégico Renaulution, centrado na rentabilidade. Marcam a primeira fase da nossa recuperação, que deverá acelerar-se com a chegada de novos veículos em preparação”, disse Luca de Meo no comunicado de divulgação dos resultados.

Sobre os novos modelos, salientou a importância do regresso do R5 sobre uma nova plataforma elétrica do segmento B, que deverá chegar em 2024 com o objetivo de “democratizar o veículo elétrico na Europa”.

A melhoria das finanças do grupo ocorreu apesar do impacto negativo das taxas de câmbio em alguns dos países onde opera, tais como a Argentina, o Brasil e a Rússia.

Mesmo assim, a Renault advertiu que os problemas de fornecimento de componentes, especialmente semicondutores, poderão significar que cerca de 200.000 unidades não serão produzidas até ao final do ano, enquanto o aumento do preço de algumas matérias-primas deixará a margem operacional melhorada para o ano inteiro ao mesmo nível do primeiro semestre do ano.

O aumento das matérias-primas afeta produtos como o cobre ou o alumínio e pode significar um aumento dos custos de fabrico de cerca de 500 a 600 euros por veículo, salientou a chefe de finanças do grupo, Clotilde Delbos, numa conferência com jornalistas.

Delbos disse que os fabricantes podem transmitir parte do aumento para os consumidores, mas também compensar o aumento da produtividade e da eficiência interna, que é o que está a ser feito.

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