Política

PSD cancela presença no Congresso do Chega em Coimbra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 30-05-2021

 O PSD desistiu hoje de estar presente na cerimónia de encerramento do congresso do Chega por considerar que foram ultrapassados os “limites da decência e bom senso” na forma como os sociais-democratas foram tratados durante os trabalhos.

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O anúncio foi feito pela direção nacional de Rui Rio, uma hora antes do início da sessão de encerramento, onde deveriam estar presentes o vice-presidente Maló de Abreu e o líder da distrital de Coimbra, Paulo Leitão.

“Há limites que a decência e o bom senso não permitem que possam ser ultrapassados, quer na forma, quer no conteúdo das alocuções” durante o congresso e “esses limites, tal como é seu timbre, foram, mais uma vez, ignorados pelo líder do Chega”, lê-se no comunicado.

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Segundo o texto, tendo em conta o “conteúdo” e a “forma como o líder do Chega se referiu nas suas intervenções ao PSD”, o partido “decidiu não se fazer representar na cerimónia de encerramento para a qual estava convidado”.

Os sociais-democratas, alega-se no texto, afirmaram ser “óbvio que há muitíssimas diferenças” entre os dois partidos e que, “em democracia, ninguém pode estranhar que, num congresso partidário, essas diferenças sejam evidenciadas”.

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“Nós próprios sempre o fizemos em todos os nossos congressos, relativamente aos nossos adversários políticos”, concluiu.

Durante o congresso, André Ventura rotulou Rui Rio de “mau líder do PSD” e chegou a dizer que um eventual governo, sozinho, dos sociais-democratas seria idêntico a um governo do PS, de António Costa.

E desde sexta-feira que tem insistido na tese de que o Chega deve fazer “exigências” e deve “impor as condições” a um eventual acordo à direita para o Governo, com o PSD.

Durante a manhã realizaram-se as votações para os órgãos nacionais do partido – direção nacional, mesa do congresso, conselho nacional e conselho de jurisdição nacional.

À tarde, é o encerramento do congresso, com as intervenções dos convidados, designadamente de Matteo Salvini, cerca das 15:00, antes do discurso de encerramento do presidente do partido, que chegou a Coimbra já eleito em diretas, em março, a que concorreu sozinho.

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