Coimbra
Proteção Civil diz que Baixo Mondego preocupa, mas caudais estão a regressar à normalidade
A Autoridade Nacional de Proteção Civil disse hoje que os caudais dos rios estão a “regressar à normalidade”, mantendo-se apenas a situação da zona do baixo Mondego, no distrito de Coimbra, como a mais preocupante.
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Em declarações aos jornalistas pelas 20h00, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção civil (ANPC), em Carnaxide (Oeiras), o comandante nacional Duarte da Costa, sublinhou que neste momento “estão a baixar as condições de risco” que se assistiram “nos últimos dias”.
“A única situação que nos continua a preocupar é a situação de Coimbra, pois quer as situações do rio Douro, do Tâmega, do Tua e do próprio Tejo são situações que tendem para a normalidade. Os caudais estão a recuperar aquilo que são os seus limites normais”, disse.
Nesse sentido, Duarte da Costa sublinhou que, “ainda que a bacia do baixo Mondego apresente caudais elevados, são muito menores” do que aqueles que apresentava no sábado.
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No entanto, o responsável ressalvou que a Proteção Civil continua a “seguir com muita atenção os caudais que estão a passar por Coimbra e todos os canais periféricos.
“Estamos a acompanhar o evoluir desses trabalhos sempre na prevenção de que se for necessário retiraremos mais população dos locais de maior risco”, apontou.
Questionado pelos jornalistas sobre a decisão de não terem sido enviados SMS de alerta aos cidadãos sobre os riscos da depressão Elsa e Fabien, Duarte da Costa respondeu que a Proteção Civil optou por “meios mais eficazes”.
“O SMS está a funcionar, é um meio credível, mas achámos que não seria o meio ideal. Dois dias antes da chegada da depressão Elsa reunimos e decidimos que haveria outros meios mais eficazes, que poderiam passar mensagens efetivas”, justificou.
A decisão de não utilizar SMS de alerta à população antes e durante as depressões Elsa e Fabien tinha sido noticiada pela edição de hoje do Jornal de Notícias.
Durante o dia de hoje a Proteção Civil registou 408 ocorrências, o que para comandante nacional significa que se está a “regressar à normalidade”.
Para já permanecem 144 pessoas desalojadas e 352 deslocadas preventivamente, a maioria decorrente da subida do caudal do rio Mondego.
Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido, deixaram 144 pessoas desalojadas e 352 pessoas deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.
O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
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