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Presidentes de Portugal e Eslovénia pedem que se dê “espaço à diplomacia” sobre Ucrânia

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 14-02-2022

Os presidentes de Portugal e da Eslovénia apelaram hoje a que se dê “espaço à diplomacia” para resolver a situação de tensão entre Ucrânia e Rússia, declarando ter o mesmo ponto de vista sobre esta matéria.

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“Temos o mesmo ponto de vista: a solução é, tem de ser, deve ser diplomática. Tem de se dar espaço à diplomacia”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa à comunicação social, no Palácio de Belém, em Lisboa, após ter recebido o seu homólogo esloveno.

No mesmo sentido, Borut Pahor afirmou que” deve prevalecer uma solução pacífica” e que “a diplomacia tem de ter suficiente espaço para encontrar as soluções que podem resolver os conflitos”.

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Os dois chefes de Estado – ambos de países membros da União Europeia e da NATO – defenderam que a soberania da Ucrânia não pode ser posta em causa, mas Marcelo Rebelo de Sousa evitou falar diretamente sobre a eventual adesão deste país à Aliança Atlântica.

Sobre este ponto, de acordo com a tradução de esloveno para português, Borut Pahor considerou que “a Rússia tem condições que o mundo democrático não pode aceitar” e que “a Ucrânia pode escolher a sua política externa como um Estado soberano”.

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Em seguida, o Presidente esloveno manifestou-se a favor do “diálogo com a Rússia” e de uma “colaboração entre a União Europeia e a Rússia que possa durar, estender-se ao futuro”, acrescentando: “Espero que a diplomacia tenha essa paciência para atingir uma solução que possa preservar a paz. O Ocidente tem de ter diálogo, eu pessoalmente apoio esse diálogo”.

“Reconhecemos os valores que são os valores do direito internacional, entre eles a soberania dos Estados e o seu direito a determinarem o seu destino”, disse, por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa.

Contudo, o Presidente português insistiu na mensagem de que a prioridade agora é “a construção do espaço para a diplomacia”.

“E por isso eu não acrescentarei mais nada quanto a outras temáticas que são muitas vezes levantadas a propósito desta mesma questão, porque se a ideia é abrir espaço à diplomacia, essa abertura de espaço deve compreender o diálogo sobre toda a realidade envolvido. Não devemos estar, portanto, neste momento, a estabelecer limites ou qualquer tipo de restrições ao espaço que a diplomacia deve ter, deve manter para a resolução desta questão”, sustentou.

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