Lontras e saca-rabos não deixam andar Ponte do Paço
No dia 21 de fevereiro foi aprovado, por unanimidade, na reunião extraordinária do Executivo montemorense, o ponto da agenda referente ao reconhecimento do Relevante Interesse Público (RIP) – Construção da nova Ponte do Paço, sobre a Vala Real do Paul de Arzila, no limite do concelho de Coimbra com o concelho de Montemor-o-Velho.
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“A futura Ponte do Paço encontra-se em Reserva Ecológica Nacional e, mais uma vez se confirma aquilo que sempre tenho vindo a dizer à população de que nada estava tratado”, avançou o presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão.
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Ao fazer referência às atuações do passado, o autarca montemorense sublinhou: “Infelizmente, hoje se percebe que era muito fácil anunciar fazer a obra e que fazê-la é que era o mais difícil, mas eu, enquanto presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, conjuntamente com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, não desistimos”. A luta continua, vamos percorrer o caminho até que a nova Ponte do Paço seja uma realidade”, reforçou.
O início do processo de RIP vem no seguimento de um parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), pretendendo, deste modo, dar resposta aos requisitos solicitados.
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Por sua vez, o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e Florestas veio solicitar esclarecimentos e impor uma série de condicionantes, nomeadamente no que concerne à garantia da preservação da fauna e flora locais e à passagem de animais.
A RIP vai ser remetida à Assembleia Municipal de Montemor-o-Velho para aprovação, de modo a dar seguimento ao processo que vai permitir construir a nova Ponte do Paço.
Recordamos que Manuel Machado informou na última reunião do executivo municipal de Coimbra que o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) exige a construção de um “passadiço” para as lontras e saca-rabos circularem na área da Ponte do Paço, o que não estava previsto no projecto conjunto dos municípios de Coimbra e Montemor-o-Velho.
A futura infraestrutura que facilitará a vida a lontras, saca-rabos e outras espécies naturais irá custar entre cinquenta e cem mil euros, adiantou o edil conimbricense.
O Presidente da Câmara Municipal de Coimbra adiantou ainda que ia propor à Assembleia Municipal de Coimbra que a obra seja considerada de “relevante interesse público”, para que seja possível abreviar e agilizar o inicio da obra, satisfazendoexigências da CCDRC.
Recorda-se que o projeto dos acessos foi feito pela Câmara Municipal de Coimbra e o projeto de elaboração da nova Ponte do Paço – obra de arte e estudos geotécnicos e hidráulicos – pela Câmara Municipal de Montemor-o-Velho (desenvolvimento a cargo da Strain – Consultores de Engenharia Lda).
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