Coimbra

Polémica abala União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 22-06-2021

Quatro meses após o vogal Ramiro Simões (PS) se ter demitido do executivo da União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas por “falta de transparência e de diálogo“, ainda não foi anunciado o nome do substituto, mas, José Simão, o presidente de Junta (PSD), garante que o mesmo será anunciado na Assembleia agendada para hoje.

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O vogal demissionário explicou ao NDC que os motivos para o abandono do cargo se prendem com “falta de transparência, incompetência, falta de diálogo e cooperação” do executivo presidido por José Simão e vai mais longe, chegando a defender que “ninguém trabalha junto, não se discutem ideias, o presidente já vai para as reuniões com as atas feitas”.

Ramiro Simões diz que a demora na escolha de um substituo é deliberada, porque “não lhes interessa adicionar uma pessoa que possa discordar das decisões da atual gestão” e que para além de intencional é ilegal, já que a lei obriga a que a junta contenha cinco elementos.

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Quem não concorda com estes argumentos é José Simão que se defende das acusações dizendo que a substituição deveria ter sido feita na Assembleia a seguir à demissão, e que só não o foi devido à crise sanitária que a covid-19 veio instalar, “permitindo o adiamento de todas as assembleias de junta até ao final de junho” pelo que o presidente reitera a legalidade de todo o processo”. Nada na gestão da União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas foge à lei, afiança o presidente.  

O social-democrata garante que quem fugiu à lei e cometeu um “erro grave” foi Ramiro Simões, que segundo o presidente já faltou a quatro reuniões quando o “vogal não pode abandonar funções até à sua substituição”.

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O líder da autarqauia avançou que fará a indicação do substituto na Assembleia de hoje, pelo que depende da aceitação do indicado e em caso de recusa, o processo pode prolongar-se por mais alguns meses. Já Ramiro Simões duvida que o anúncio aconteça amanhã, mas não exclui a possibilidade de que seja alguém da coligação Mais Coimbra (PSD/CDS/PPM/MPT).

O socialista também lança suspeitas sobre o relatório de contas que até ao momento ainda não foi apresentado, situação que José Simão garante estar dentro do enquadramento legal uma vez que “pode ser apresentado até ao final do mês de junho, e que por isso está agendado para dia 29 do presente mês”.

O presidente vai mais longe e na troca de acusações e galhardetes defende  que “ele tem que ser mais concreto nas acusações, porque as despesas do presidente são fixas, e para deduzir no IRS, é igual comprar umas cuecas para a minha mulher ou um bilhete de cinema para mim, está tudo legal”.

Ramiro Simões mantém e reforça as críticas que fez há cerca de quatro meses, aquando da carta de demissão que apresentou ao executivo, e acusa a José Simão de “definir tudo à mesa de jantar”.

O autarca demissionário reitera a importância de Santa Clara para Coimbra e aponta que problema “são 20 anos das mesmas pessoas, do mesmo clã, a gerir a Junta como bem querem”.

A Assembleia da União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas é liderada pelo socialista Carlos Clemente.

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