O pianista, de 62 anos, que foi encontrado morto num poço na Moita, em março, foi espancado até à morte e “amarrado com atacadores, fios elétricos e fita adesiva”. Os quatro arguidos, dois dos quais em prisão preventiva, estão a ser julgados. A acusação, a que o Correio da Manhã teve acesso, revela a brutalidade da tortura a que o músico foi sujeito.
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Segundo o Ministério Público, um dos arguidos 2muniu-se de uma tesoura, com a qual desferiu diversos golpes na cabeça de Pedro, provocando-lhe visíveis ferimentos na cabeça e face”. De seguida, telefonou a outro arguido ordenando-lhe que se deslocasse para a respetiva habitação”, em Setúbal, onde ocorreu o crime.
Assim que o segundo agressor, “começou a desferir pontapés na cabeça e corpo” da vítima, pode ler-se. Enquanto o agrediam violentamente, os dois exigiam que Pedro Queiroz lhes entregasse o cartão bancário. Já nessa altura o pianista pouco conseguia reagir e um deles “decidiu enfiar os seus dedos nos olhos de Pedro, o que fez, pressionando-os”.
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De seguida, recorrendo a fita adesiva, atacadores brancos e fios elétricos, amarraram as mãos e pés. Arrastaram-no para a casa de banho, onde o fecharam, deixando-o “entregue à sua sorte, trancando a porta do lado de fora”. Ficou a agonizar até morrer.
Estão acusados de “homicídio qualificado, roubo, profanação de cadáver, sequestro e abuso de cartão, tráfico de estupefacientes e condução sem habilitação legal”, explica.
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