Política

Pedro Nuno Santos acusa direita de se esconder atrás da liberdade de expressão

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 semanas atrás em 22-05-2024

O secretário-geral socialista acusou esta quarta-feira a direita de se esconder atrás da liberdade de expressão para recusar “dizer não às declarações racistas”, assegurando que o PS fará uma luta “sem tréguas” ao racismo, ao ódio e ao ressentimento.

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Num vídeo publicado nas redes sociais do partido, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, voltou a referir-se à polémica da semana passada que envolveu o presidente da Assembleia da República e declarações do Chega, manifestando incómodo pelo facto de Aguiar-Branco não ter usado os poderes que o regimento lhe confere para “advertir um deputado quando tem uma declaração racista”.

“Nós não queremos uma sociedade de ressentimento nem de ódio, e esta é uma grande diferença entre nós e a direita, entre uma direita que se esconde atrás da liberdade de expressão para não dizer não às declarações racistas”, criticou.

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Num polo oposto está, segundo Pedro Nuno Santos, “uma esquerda, um PS que defende a liberdade”, a liberdade das pessoas serem quem quiserem e “o direito a respeitar o outro, a respeitar as suas opções, a respeitar as mulheres, a respeitar todos”.

“Esta é uma luta dos socialistas que faremos sempre sem tréguas, sem hesitações. Que ninguém tenha dúvidas. Nós diremos sempre que não ao racismo, ao ódio, ao ressentimento e à divisão. Pela unidade dos portugueses, pela unidade de Portugal”, assegurou.

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Para o líder do PS, a intervenção que Aguiar-Branco deveria ter feito no debate de sexta-feira não era para impedir ou punir André Ventura, “mas sim de usar aquilo que o regimento já hoje permite para que o presidente da Assembleia da República possa ser não só um exemplo” na condução dos trabalhos parlamentares, mas também “ser um exemplo para o país”.

“Este é um tema, se nós repararmos, que juntou a direita toda. O PSD, a IL, o Chega, o CDS. Todos tiveram de acordo porque isto tem também por trás uma determinada visão da sociedade”, acusou.

A pergunta que é preciso fazer, segundo Pedro Nuno Santos, é se aquilo que se quer é “um país onde se aceita facilmente a ofensa ao outro, a discriminação, o racismo”.

“O PS dará sempre um combate sem tréguas a todas as formas de racismo, as todas as declarações racistas, homofóbicas, machistas. Não é essa a sociedade que nós queremos”, comprometeu-se.

A sociedade que o lider do PS quer é uma “que une, não uma sociedade que divide”.

O presidente da Assembleia da República insistiu hoje, em conferência de líderes, que não lhe cabe fazer a avaliação da bondade dos discursos dos deputados, ainda que sejam eticamente desvaliosos, assumindo-se como “guardião” do aceitável.

Esta posição de José Pedro Aguiar-Branco consta de um documento intitulado “A liberdade de expressão, uma super liberdade de expressão máxima e de restrição mínima”. Uma questão que surgiu depois de as bancadas da esquerda parlamentar o terem criticado por não ter admoestado o presidente do Chega, André Ventura, quando, na sexta-feira, em plenário, se referiu às capacidades de trabalho do povo turco.

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