Movimento quer revitalizar antigo hospital do Lorvão

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 07-03-2018

Um movimento de cidadãos hoje apresentado publicamente, intitulado “Mais Saúde para o Hospital do Lorvão”, quer transformar aquelas antigas instalações de saúde psiquiátrica do concelho de Penacova, distrito de Coimbra, numa unidade de cuidados continuados.

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No manifesto hoje apresentado, os fundadores do movimento cívico defendem a reconversão das antigas instalações do Hospital Psiquiátrico de Lorvão e a sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, argumentando que “é gritante a falta destas estruturas de apoio aos doentes e às famílias”.

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Por outro lado, alegam que as instalações do antigo hospital psiquiátrico, desativado há seis anos, estão “devolutas e em degradação”, e que a freguesia de Lorvão “tem a mão-de-obra e o conhecimento adquirido ao longo de mais de meio século na área dos cuidados de saúde”.

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Ouvido pela agência Lusa, José Alípio Rodrigues, um dos dinamizadores do movimento cívico, defendeu “uma alma nova” para o antigo hospital do Lorvão, frisando que o edifício, que se encontra afeto ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), está “em estado de degradação, sem utilização e sem qualquer tipo de manutenção”.

Lembrou que o CHUC não dispõe de uma valência de cuidados continuados e a aposta do movimento cívico vai para a criação no Lorvão de uma unidade gerida por aquela unidade hospitalar ou, em alternativa, uma instituição particular de solidariedade social.

José Alípio Rodrigues, que nasceu no Lorvão e ali residiu durante 34 anos, antes de se mudar para Coimbra por motivos familiares, é filho de dois antigos funcionários do antigo hospital psiquiátrico e diz-se “ligado às dinâmicas” da freguesia, por sua vez muito ligadas à antiga unidade de saúde.

Alega que a revitalização do antigo hospital “é consensual” quer na autarquia de Penacova, quer na junta de freguesia do Lorvão e entre a população, e que a criação de uma nova unidade de saúde “não implica uma intervenção profunda [no edifício do antigo mosteiro] desde que não se deixe arrastar muito mais” a requalificação.

“Lorvão e a região precisam desta unidade de saúde, para satisfazer a necessidade dos doentes, mas também como um polo de desenvolvimento económico, que já teve e que precisa de recuperar”, argumentou José Alípio Rodrigues.

No sábado, o movimento cívico vai promover um encontro, no Lorvão, onde serão apresentadas propostas para a realização de uma petição pública a endereçar à Assembleia da República e pedidos de audiência a forças políticas e órgãos de soberania e debater com os participantes “outras ideias” de iniciativas para a concretização do objetivo que os une.

“O Hospital [do Lorvão] está doente, moribundo. Doente do corpo e da alma. É preciso cuidar da sua estrutura, para que não se continue a degradar e é urgente dar-lhe vida”, refere o movimento de cidadãos.

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