Ministro diz que divulgação de tempos de espera nas urgências é um exercício de transparência

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 06-01-2018

O ministro da Saúde disse hoje que a divulgação dos tempos de espera nas urgências é um exercício de transparência feito desde 2015 e criticou o que chamou de “insinuações sobre a seriedade destes processos”.

PUBLICIDADE

chuc

Adalberto Campos Fernandes reagia às declarações do bastonário da Ordem dos Médicos, que disse duvidar da fiabilidade dos dados publicados sobre os tempos de espera nas urgências e apelou ao Ministério da Saúde para divulgar o tempo real de espera, ajudando os cidadãos a tomar decisões.

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE

publicidade

Questionado pelos jornalistas sobre estas afirmações, o ministro respondeu que desde que este Governo tomou posse, em novembro de 2015, foi criado em Portugal o maior sistema de transparência de fornecimento de dados em tempo real à população portuguesa, com partilha da informação para que os cidadãos saibam como os recursos são usados.

PUBLICIDADE

A divulgação dos tempos de espera nas urgências, sublinhou, foram uma novidade, e o Governo é contra a ideia “de trabalhar numa zona de opacidade ou de falta de informação”.

“Acho que deve haver alguma prudência e decoro quando, de uma forma muito fácil e sem se ter respeito pelo trabalho de quem faz as coisas, se lançam, para chamar a atenção, determinado tipo de insinuações sobre a seriedade dos processos”, disse o ministro no final de uma visita ao centro de contacto SNS 24, em Lisboa, juntamente com o primeiro-ministro, António Costa.

Se há melhorias a fazer, acrescentou, elas serão feitas, “mas os tempos de espera são um exercício de transparência e de responsabilidade do Estado perante os cidadãos”.

Em declarações à agência Lusa na sexta-feira, o bastonário Miguel Guimarães considerou que o portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devia ter uma listagem de todos os centros de saúde abertos e dos seus horários de funcionamento nesta época, bem como informação sobre “o tempo real de espera” nas urgências dos hospitais.

“O Ministério da Saúde e a Direção-geral da Saúde deviam ter começado há muito tempo uma campanha de habituação relativamente ao recurso aos cuidados de saúde primários. Não o tendo feito, esta informação era importante para as pessoas tomarem decisões”, comentou.

Miguel Guimarães referiu que “o tempo [de espera] que está a ser divulgado não é muitas vezes coincidente com o que está a acontecer”.

“Não sei se o sistema não é devidamente atualizado ou se existe deficiência na transmissão dos dados. Mas tenho dúvidas sobre a fiabilidade dos dados. Tenho informações concretas de pessoas que estão nas urgências que contrariam os dados do portal do SNS”, contou.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE