O Ministério Público (MP) pede pena de prisão para a mulher que está acusada de, em julho de 2022, ter matado o filho à nascença, e posteriormente o ter colocado num caixote do lixo, na Mealhada.
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A arguida, de 34 anos, que está acusada de crimes de homicídio qualificado e profanação de cadáver, alegou sempre às autoridades que, até ao momento do parto, não sabia que estava grávida, escreve o Jornal de Notícias.
O matutino adianta que nunca falou de uma eventual gravidez à família, aos amigos ou ao namorado, que mais tarde contou que não era pai do bebé.
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A 25 de julho de 2022, a arguida iniciou o trabalho de parto na casa de banho, na sua própria casa, depois de ter deixado os seus dois outros filhos, menores de idade, em casa da mãe a almoçar. Sozinha, viria a dar à luz um bebé com 47,5 centímetros e 2,549 quilos, o que era compatível com uma idade gestacional superior a 37 semanas.
Após o nascimento da criança, terá cortado o cordão umbilical, colocando, de seguida, o bebé no interior de vários sacos de plástico, que viria a depositar num contentor do lixo, próximo da sua residência. Depois, foi trabalhar. “A criança nasceu com vida, com ausência de malformações internas ou externas, respirou e chorou”, refere a acusação do MP.
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O bebé acabaria por ser encontrado no mesmo dia, no interior do caixote do lixo, já sem vida. De acordo com a acusação, o recém-nascido permaneceu no contentor, com vida, pelo menos durante quatro horas, acabando por morrer por asfixia, uma vez que estava dentro de sacos de plástico fechados, que não permitiam que respirasse.
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