Região

Esconde recém-nascido e deixa-o agonizar até à morte num caixote do lixo na Mealhada

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 meses atrás em 06-10-2023

Uma mulher, de 34 anos, colocou o corpo do filho recém-nascido dentro de um caixote do lixo, a 25 de julho de 2022, na Mealhada.

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O parto foi realizado sem qualquer vigia médica e foi feito pela própria, sozinha. O bebé acabou por morrer sufocado dentro de um dos sacos em que foi colocado. “Limpou-se, tomou banho, trocou de roupa e foi à rua colocar o saco, onde o filho ainda estava vivo, num contentor”, adianta o Correio da Manhã.

A suspeita está em “prisão domiciliária e foi acusada de homicídio qualificado e profanação de cadáver. O Ministério Público diz que agiu mediante um plano que traçou, por não querer ter mais filhos”, escreve, uma vez que já tinha dois: um menino de 14, e uma menina, de 10 anos.

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Terá ocultado a gravidez dos amigos e da família, incluindo do companheiro e nunca foi seguida por nenhum médico. Usava roupas largas para esconder a barriga de todos.

A acusação a que o jornal teve acesso refere que “queria matar o filho mal nascesse. Sabendo que o parto estava próximo, a arguida selecionou previamente os sacos nos quais depois iria colocar o corpo do filho. E assim foi. O bebé nasceu pelas 13:00 e pesava 2,5 kg. Depois, entre as 13:30 e as 14:30 saiu de casa e deitou o filho ao lixo”.

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O processo indica que o bebé morreu asfixiado. O menino terá ficado no lixo pelo menos durante quatro horas. A autópsia indica que nasceu saudável e viveu no máximo seis horas após o nascimento. Após o ato desumano, regressou a casa e “prosseguiu a sua rotina diária”. Contudo, não contava com uma grande hemorragia. Os bombeiros foram chamados e mostrou desagrado quando foi socorrida alegando que já não tinha menstruação há muitos meses. 

Acabou transportada de urgência para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Uma ginecologista percebeu que tinha ocorrido um parto. 

Sempre que era confrontada se estaria grávida, negava. Chegou até a escrever uma publicação no Facebook. “Pensei muito antes de escrever isto mas como a minha paciência ultimamente está nível 0 lá tem que ser. Recado: não, não estou grávida e se estivesse só a mim e ao pai da criança dizia respeito. Eu não sou nenhuma irresponsável, ok? Cansada de gentinha que não tem mais nada que fazer senão falar na vida dos outros […]”.

Vizinhos relatam ao Correio da Manhã que não esperavam uma atitude destas: “Ela é um bocadinho forte e ninguém notou que estava grávida. Esta é uma notícia muito triste. Tem grande afeto aos dois filhos. Ela trabalha muito e é boa pessoa, uma boa mãe”, garantiu.

A arguida vai ser julgada em breve por um coletivo de juízes do Tribunal de Aveiro. Já esteve em preventiva, mas agora está em domiciliária, lê-se na notícia.

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