Madalena Iglésias foi homenageada no Casino da Figueira da Foz

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 16-01-2018

 Madalena Iglésias, que faleceu hoje em Barcelona, aos 78 anos, recebeu dezenas de prémios, distinções e homenagens ao longo da carreira.

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A sua biógrafa, Maria de Lourdes Carvalho, em declarações à agência Lusa, afirmou que a intérprete de “Ele e Ela” protagonizou “umas das mais interessantes carreiras da música portuguesa, que se afirmou não só cá, como internacionalmente, apesar das suas atuações além-fronteiras serem pouco conhecidas dos portugueses”.

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Em 2014, a intérprete foi homenageada no Casino Figueira, na Figueira da Foz, que considerou que “Madalena Iglésias foi das mais fulgurantes cantoras portuguesas”, senhora de “uma carreia ímpar na música portuguesa, que ultrapassou fronteiras”.

No espetáculo participou António Calvário, com quem Madalena Iglésias partilhou palcos, gravou duetos e se estreou no cinema, em 1964, em “Uma hora de Amor”, de Henrique Campos.

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Ao palco figueirense subiram também Lenita Gentil, Gonçalo Salgueiro e Maria Amélia Canossa, todos acompanhados pela Orquestra Santos Rosa, sob a direção do maestro Pedro Santos Rosa.

A mais recente distinção que a cantora recebeu foi a Medalha Pro-Autor, da Sociedade Portuguesa de Autores, em maio de 2013.

No ano anterior, a Câmara de Lisboa inaugurou um busto seu, de autoria do escultor Domingos Oliveira, no Jardim da Alameda Padre Álvaro Proença, na freguesia de Benfica.

Ao longo da carreira, Madalena Iglésias foi eleita por seis vezes “Rainha da Radiotelevisão Portuguesa”, em 1960, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1966.

Em 1990, recebeu o Prémio Prestígio, “Símbolo de uma Época”, da Casa da Imprensa, em Lisboa, e, em 1968, fora distinguida com o Diploma da Imprensa Internacional, no Rio de Janeiro.

Ainda na década de 1960, que correspondeu ao período de auge da sua carreia, ficou em segundo lugar nas Olimpíadas da Canção, em Atenas. Foi no ano de 1967, ano em que também recebeu a Medalha da Cidade de Luanda.

Em 1966, além da vitória no Festival RTP da Canção, com “Ele e Ela”, de Mário Canelhas, venceu o Festival do Atlântico, em Palma de Maiorca, em Espanha, e foi distinguida com o Óscar da Imprensa.

Em 1965, recebeu o Prémio de Cinema, da revista Plateia, e o Grande Prémio do Disco, da Rádio Renascença, pela canção “Sonha”.

Em 1964, foi eleita “Rainha da Rádio” e recebeu o Prémio de Interpretação no Festival de Aranda del Duero, em Espanha, onde ficou em segundo lugar.

Na Venezuela, em 1963, recebeu o Guaicaipuro de Ouro e o Bolívar de Ouro, pela segunda vez, depois de distinguida em 1961.

Ainda em 1963, recebeu o Troféu Carajá, da Televisão Marajoará, do Estado brasileiro do Pará, e a Rosa de Ouro para a Melhor Cançonetista da televisão brasileira, alám do Prémio Laranja, do jornal Diário Popular, em Portugal.

Em Portugal, em 1962, foi eleita “Princesa da Rádio”, recebeu o Elefante de Ouro, do Rádio Clube Português, e o diploma de Honra da Casa da Imprensa.

Em 1961, foi eleita “Rainha da Rádio”, de Goa, e recebeu o Óscar do Disco, em Portugal.

Em 1960, foi pela primeira vez eleita “Rainha da Rádio”, em Portugal.

O último Festival RTP Canção a que concorreu foi em 1969, com “Canção para um poeta”, tendo terminado em 6.º lugar.

Na ocasião, Madalena Iglésias antecipou à imprensa que estava confiante na vitória e tinha já preparado as versões internacionais da canção que considerava avançada para a época.

“Uma canção um pouco complicada, mas creio que, daqui a uns anos, o nosso público a possa compreender melhor”, disse Madalena aos jornalistas, e prosseguiu: “As minhas preocupações foram para a orquestração e um nível de interpretação a plano internacional, desprezando um tanto, o nosso atual nível”.

“Ele e Ela”, “Balada das palavras perdidas”, “Na tua carta”, “Poema de nós dois”, “Eu vou cantando”, “Não sou de ninguém”, “Maus caminhos”, “Setembro”, “Romance da Solidão”, “Onde Estás felicidade”, “Poema da vida”, “Tu vais voltar”, “Amar é vencer”, “Tu és quem és” e “Silêncio entre nós”, foram alguns dos seus êxitos.

No texto de abertura da sua fotobiografia, “Meu nome é Madalena Iglésias” (2008), de Maria de Lourdes de Carvalho, Madalena Iglésias referiu-se à sua carreira como “um caminho percorrido com entusisasmo, alegria, êxitos e algumas nuvens”, e garantia: “Tenho um pouco do que vibrei!”.

“Ao escolher a minha profissão/vocação, procurei cumpri-la sempre com rigor e muita dignidade”, afirmou.

Madalena Iglésias morreu hoje, em Barcelona, onde se realiza o velório a partir das 18:00 locais (17:00 de Lisboa), na sala 18 do Tanatorio de Collserola.

Na quarta-feira é celebrada missa de corpo presente, pelas 16:15 locais, realizando-se em seguida o funeral, para o cemitério de Collserola, informou a família.

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