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Japão e Parque da Gorongosa apoiam educação para consolidar paz em Moçambique

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 26-02-2022

O Japão e o projeto de recuperação do Parque Nacional da Gorongosa, centro de Moçambique, vão reabilitar salas de aula para 640 alunos, anunciaram hoje, numa zona do país onde ex-guerrilheiros estão a largar as armas.

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“Vamos ajudar crianças e ex-combatentes da guerrilha, abrangidos pelo DDR [desarmamento, desmobilização e reintegração] a obter conhecimento, a melhorar as suas vidas” disse Kimura Hajime, embaixador do Japão em Moçambique.

O diplomata falava na cidade da Beira durante a cerimónia de subscrição do apoio japonês no valor de 82.000 euros para melhoria das infraestruturas educativas, água e saneamento na Escola Primária de Nhandar, distrito da Gorongosa.

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Conquistada a paz, “a educação é a chave” para o sucesso e desenvolvimento, com “envolvimento da comunidade”, referiu Luísa Langa, dirigente do Parque Nacional da Gorongosa, que vai implementar o projeto.

O processo de desmobilização de ex-guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, já abrangeu 3.270 membros, sobretudo no centro do país, principal palco de conflitos.

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Prevê-se que o processo de DDR termine este ano e alcance um total de 5.000 ex-guerrilheiros, no âmbito do Acordo de Paz assinado entre o Governo e o principal partido de oposição no país, em 2019.

Os combatentes que saem do mato recebem durante um ano um subsídio de reintegração e entram depois no sistema de pensões do Estado moçambicano, beneficiando ao mesmo tempo de apoios para serem integrados na sociedade e em diversas profissões.

Alguns elementos, também designados nos acordos, têm sido incorporados nas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas.

Ao lado da antiga zona de conflitos está o Parque Nacional da Gorongosa, que é hoje uma das principais áreas de conservação de Moçambique, com uma grande variedade de vida selvagem.

Localiza-se na província de Sofala, na extremidade sul do Vale do Rift do leste africano, com uma área de cerca de 4.000 quilómetros quadrados.

O parque acolhe alguns dos ecossistemas biologicamente mais ricos e geologicamente diversos do continente, estando atualmente a ser revalorizado com várias iniciativas após ter sido fortemente afetado pela guerra civil de 16 anos em Moçambique, de 1976 a 1992.

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