Investigador “que queria castigar” professora de Coimbra condenado a 7 anos e 7 meses de prisão

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 08-03-2018

O Tribunal de Coimbra proferiu hoje a sentença de Colin Paul Glosterex, o investigador irlandês acusado de tentar matar uma professora da Universidade de Coimbra com recurso a uma machada.

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O antigo bolseiro foi condenado a de 7 anos e 7 meses de prisão pelo crime de “homicídio simples na forma tentada” da docente Universitária.

O tribunal considerou o arguido imputável, apesar deste sofrer de sindroma de Asperger.

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Colin deverá cumprir a pena em estabelecimento psiquiátrico.

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O antigo doutorando da Universidade de Coimbra (UC), de 37 anos, era acusado pelo Ministério Público (MP) de homicídio qualificado na forma tentada, por ter desferido vários golpes com uma machada na docente Filomena Figueiredo, no Departamento de Física daquela instituição, a 04 de agosto de 2014.

O crime ocorreu no dia em que o investigador foi informado de que tinha uma dívida de mais de 5.000 euros à Universidade de Coimbra (UC) e de que o seu orientador tinha pedido renúncia na orientação do doutoramento.

Durante as alegações finais, o MP pediu a condenação do investigador, considerando que o arguido cometeu os factos constantes na acusação. No entanto, a procuradora pediu atenção para a condição psicológica do arguido, que sofre da síndrome de Asperger, uma forma de autismo.

Apesar do relatório pericial considerar o antigo doutorando imputável, o psicólogo clínico Pedro Alves, que o acompanha desde outubro de 2017, atribuiu em tribunal os comportamentos e atitudes do antigo doutorando à síndrome de Asperger, que o faz não ter “consciência dos atos”.

Ao contrário do Ministério Público, o advogado de defesa entendeu que o investigador irlandês cometeu um crime por ofensa à integridade física, conforme foi relatado “inicialmente aos órgãos de polícia criminal”, considerando que o arguido “não mentiu quando disse que apenas tentou cortar o braço” da professora.

Durante o julgamento, o investigador irlandês afirmou que estava sem abrigo e com fome aquando do crime, frisando que a intenção não era matar, mas cortar um braço à professora, que considera responsável por não lhe ter sido atribuída bolsa.

Caso a sentença seja “lhe seja desfavorável”, Colin Paul Gloster  já manifestou a intenção de viajar para vários sítios, apurou NDC junto de fonte da comunidade universitária.

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