Incêndios: Bombeiros voluntários favoráveis à criação de unidade de missão para alterar setor

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 21-03-2018

A Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários (APBV) manifestou-se hoje favorável à criação de uma unidade de missão para reorganizar os corpos dos bombeiros, tal como é proposto pela comissão técnica independente que analisou os incêndios de outubro de 2017.

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Em comunicado, a APBV refere que está de acordo com a criação de uma unidade de missão, desde que as associações do setor participem na discussão, nomeadamente a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, que é a representante legal dos bombeiros voluntários.

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A associação adianta que já solicitou ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, uma reunião com caráter de urgência para que possa contribuir para “a mudança desejável” e “salvaguardar os legítimos anseios dos bombeiros voluntários e das populações”.

No relatório entregue na terça-feira no parlamento, a comissão técnica independente que analisou os incêndios de outubro de 2017 defende a criação de uma unidade de missão para reorganizar os corpos de bombeiros, tendo em conta as vulnerabilidades existentes, que se vão agravar no futuro.

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No comunicado, a APBV refere ainda que têm alertado para muitas das conclusões do relatório, mas a tutela e os sucessivos governos não têm tido “a necessária sensibilidade e vontade para alterar as situações que contribuíram para que acontecessem as tragédias de 2017”.

O relatório da comissão técnica independente, que atualiza para 48 o número de mortos em outubro, conclui que falhou a capacidade de “previsão e programação” para “minimizar a extensão” do fogo na região centro (onde ocorreram as mortes), perante as previsões meteorológicas de temperaturas elevadas e vento.

A Autoridade Nacional de Proteção Civil pediu um reforço de meios para combater estes incêndios devido às condições meteorológicas, mas não obteve “plena autorização a nível superior”, e a atuação do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi “limitada” por falhas na rede de comunicações.

O relatório refere ainda que o fogo da Lousã, em outubro de 2017, um dos maiores do ano, teve causa negligente e a origem pode resultar do não cumprimento pela EDP do regulamento de segurança das linhas elétricas.

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