Desporto

Concessionário do Bingo deve meio milhão à Académica!

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 02-03-2019

Notícias de Coimbra sabe que os concessionários do Bingo da Académica devem cerca de meio milhão de euros ao clube.

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Instada a pronunciar-se, a Académica limita-se a responder que “os valores referentes ao Bingo da Académica estão reflectidos nas contas apresentadas”, mas, como a Académica sabe,  a comunicação social não tem acesso a esses documentos.

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Mas a Briosa confirma que a “situação em causa está entregue ao departamento jurídico do clube, sendo um assunto que a Direcção da AAC/OAF espera que terá desenvolvimentos a breve trecho.”

Fonte envolvida no processo garante que a Académica ainda não rescindiu o contrato com a Pefaco porque não quer voltar a “herdar o pagamentos” dos  funcionários do Bingo.

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A mesma fonte salienta que o concessionário não paga à Académica, mas tem as contas em dia com os servidores do Bingo.

Lembramos que quando a concessão era gerida pela Académica os funcionários do Bingo se  manifestavam publicamente por causa dos vencimentos em atraso.

A Assembleia Geral da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol, no consulado de José Eduardo Simões, decidiu, em 31 de outubro de 2014, transmitir a concessão para exploração de jogo do Bingo à empresa espanhola Pefaco.

Um “verdadeiro negócio da China”, uma vez que a Pefaco  prometia pagar uma renda mensal de 5 000€, garantindo ainda um valor mínimo 10 000€ por mês, o investimento de um milhão de euros na renovação das instalações e manter as duas dezenas de funcionários. 

Mas, a  fazer fé nestes números, nos últimos 3 anos,  a Pefaco não deu grande lucro  à Académica.

Lembramos que Ministério da Economia, na altura liderado por Pires de Lima, chegou a informar que não aprovaria esta cedência.

No momento, José Eduardo Simões, então presidente da AAC/OAF, chegou a dizer que Adolfo Mesquita Nunes,  Secretário de Estado do Turismo desse Governo de Passos Coelho devia ter vergonha pelo trabalho que fez ao clube e ao futebol português.

A ordem para a Académica “fazer Bingo com a Pefaco”  acabou por ser concedida pela  Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, quando Manuel Caldeira Cabral era Ministro da Economia do Governo deste António Costa.

Foi autorizada a transmissão da concessão de exploração da sala de jogo de Coimbra para a PEFACO, salvaguardando a manutenção dos contratos de trabalho em vigor.”

Altura em que o Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República (PGR) considerou em 2016 queo grupo PEFACO tinha idoneidade para explorar o Bingo da Académica.

Antes, já a Autoridade da Concorrência tinha concluído pela inexistência de entraves à concorrência e decidido adotar uma decisão de não oposição à presente operação de concentração.

A PEFACO PORTUGAL, S. A. é uma sociedade anónima de direito português, que tem como objeto social a exploração de jogos de fortuna ou azar, nomeadamente, o jogo do bingo.

Esta empresa é controlada pela sociedade de direito espanhol Pefaco S.L., empresa -mãe do Grupo Pefaco,  com presença em atividades de lazer, jogos e hotelaria no continente africano (Benim, Burundi, República do Congo, Togo, Burkina Faso, Costa do Marfim e Nigéria, sob a marca comercial Lydia Ludic.

Para além do Bingo da AAC/OAF,a  PEFACO também explora ou explorou os Bingos do Ginásio Clube do Sul (Almada), Nazaré, Sporting Clube Olhanense (Olhão), Vitória Futebol Clube (Setúbal), Odivelas Futebol Clube, Clube de Futebol “Os Belenenses” (Lisboa), Sport Lisboa e Benfica, Boavista Futebol Clube (Porto).

NDC contactou a Pefaco, que ainda não respondeu às nossas questões.

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