Câmaras

CMC de Câmara Municipal de…Caminha

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 02-03-2015

A forma como a insolvente Agenda Setting  se relaciona com os poderes locais e públicos voltou a ser invstigada pelas autoridades.

PUBLICIDADE

Jose-Manuel-Diogo_JS_MR

NDC apurou que empresa de comunicação foi investigada no âmbito de um processo de “pagamentos suspeitos” realizados pela Câmara Munipal de Caminha, durante os mandatos de Júlia Paula da Costa.

PUBLICIDADE

publicidade

Notícias de Coimbra teve acesso a documentos que revelam a apreensão de “extractos  correntes, ordens de pagamento e dados de suporte”, devido a suspeitas que a empresa tenha estado envolvida  na campanha eleitoral de 2009 da recandidata Júlia Paula Costa, que antes e depois de eleita formalizou vários contratos,  em nome da CMC, com a empresa com sede em Coimbra.

José Manuel Diogo, gerente da Agenda Setting Lda foi inquirido, tendo negado que a sua empresa tenha estado envolvida na campanha de 2009, tendo acrescentado  que os elevados honorários (87 490.00 Euros) cobrados à autarquia de Caminha se devem ao fato da sua empresa ter sede em Lisboa, o que não corresponde à verdade, pois como NDC apurou junto da Conservatório do Registo Comercial de Coimbra, a empresa esteve sempre sedeada neste concelho, tendo apenas um escritório na capital.

PUBLICIDADE

A ex-presidente da Câmara Municipal de Caminha, que liderou durante 12 anos, preferiu remeter-se ao silêncio, não tendo prestado declarações à justiça, sendo esta parte dos autos arquivada devido à “ausência de indícios recolhidos da prática de infracção criminal relativamente a esta factualidade”.

Mas se em Caminha José Diogo não assumiu que a sua a Agenda Setting esteve envolvida em campanhas eleitorais e  que depois da vitória dos seus candidatos foi contratada para as instituições que estes passaram a dirigir, a sua outra empresa, a Valor de Fundo,  cujo capital é partilhado com Luís Miguel Viana, já assumiu em tribunal (no âmbito de outro processo) que foi convidada por Manuel Machado para “prestar os seus serviços à Câmara Municipal de Coimbra” graças ao “bom trabalho desenvolvido na campanha do actual presidente”.

Recordamos que o contrato para “Prestação de serviços de consultadoria de comunicação” celebrado entre a Agenda Setting e a Câmara Municipal de Coimbra, com data de 24 de abril de 2014 e a duração de 1 ano, obriga a CMC a pagar 44 000.00 Euros+IVA.

A Valor de Fundo já admitiu que cobrou 1 500.00 Euros por mês para assegurar a campanha eleitoral de Manuel Machado, tendo no no total  facturado 7 500. oo Euros ao “PS –  Autárquicas 2013 – Coimbra”, montante que diz respeito à “prestação de serviços de assessoria de comunicação” durante 5 meses.

Contactados por NDC, outros consultores na área da “comunicação política” são unânimes em considerar que o valor pago pela campanha de Manuel Machado é anormalmente baixo para a prestação deste tipo de serviço num grande concelho como o de Coimbra, o mesmo não é entendido em relação ao ajuste directo promovido pela CMC, cujo valor é equiparado ao que cobram as grandes agências de Lisboa.

O mesmo modus operandi foi usado nas campanhas de José Manuel Silva, que depois os contratou para a Ordem dos Médicos, que já nos confirmou a existência de contratos destes tipo com a Agenda Setting e com a Valor de Fundo.

A Agenda Setting foi notícia por ter recebido mais de 80 000.oo Euros de fundos comunitários com vista à sua internacionalização, projecto que 4 anos depois ainda não concluiu.

José José Manuel Vieira Fernandes Leitão Diogo ( também conhecido por José Diogo  ou José-Manuel Diogo)  chegou a ser acusado de um crime de co-autoria de burla por causa do envolvimento da agência de comunicação em negócios de “venda” de tractores, um esquema que envolvia a Federação dos Produtores Florestais de Portugal e o Fundo Florestal Permanente e tinha como pivot Ricardo Machado, tendo sido extinta a responsabilidade criminal relativa a todos os arguidos relativamente ao crime de burla qualificada pelo artigo 206.º, do Código Penal, que, entre outros, prevê o “perdão” quando a ”coisa furtada ou ilegitimamente apropriada for restituída”.

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE