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Centristas estão fora da coligação? CDS de Coimbra chama déspota apressado a José Manuel Silva

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 07-05-2021

O CDS-PP de Coimbra afirma que não integra a coligação “Juntos Somos Coimbra” apresentada hoje por José Manuel Silva, candidato do PSD e agora do Nós Cidadãos, à Câmara de Coimbra.  O CDS de Coimbra acusa a coligação recém formada de se preocupar só com os nomes para os lugares e não revelar o programa eleitoral, nem esclarecer quem fica com as responsabilidades financeiras da campanha eleitoral e divulga um documento que diz ser o acordo da coligação [leia no final deste artigo].

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Em comunicado,  o coordenador autárquico de Coimbra  do CDS diz que o acordo de coligação foi assinado por Américo Petim, a quem “foi retirada a confiança política” por assinar o documento à revelia da comissão política, que decidira não assinar.A decisão, revela o CDS, baseia-se na “atitude irredutível, déspota, unilateral e pouco transparente adotada pelo candidato do Nós Cidadãos, José Manuel Silva, em todo o processo negocial”.O NDC já noticiara a retirada do apoio à candidatura de José Manuel Silva.

Segundo o mesmo documento, enviado por Nuno Vicente, o CDS-PP enumera cinco factos para justificar a exclusão da coligação hoje apresentada, que o Notícias de Coimbra aqui transcreve:

  1. A indiferença e desrespeito do Professor José Manuel Silva à CPC de Coimbra do CDS-PP, aliados a constantes ataques pessoais durante as reuniões mantidas, de mãos dadas com a Comissão Política Distrital e com a conivência da direção nacional do CDS-PP,  num claro atropelo aos Estatutos e ao Regulamento Autárquico do CDS-PP (que o candidato leu e afirmou não lhe apresentar dúvidas) , levou a uma clara degradação da relação entre o candidato e a CPC de Coimbra do CDS-PP;

  2. Após o envio de uma primeira proposta, e embora a mesma não tenha merecido a devida consideração por parte do candidato, a CPC de Coimbra do CDS-P, num último esforço  de encetar um processo negocial justo e sério, enviou ao candidato nova proposta no dia 28 de abril de 2021. A resposta do candidato aconteceu no dia seguinte de manhã, através de um telefonema onde o próprio informou que iria proceder-se à assinatura do acordo nesse mesmo dia, pelas 19:00 horas, revelando mais uma vez total desrespeito pelo teor do Regulamento Autárquico do CDS-PP, numa clara tentativa apressada e artificial de forçar o acordo;

  3. No momento da chegada do Coordenador Autárquico Concelhio do CDS-PP a casa do candidato, José Manuel Silva, onde era suposto avaliar-se o documento em causa, o dito acordo encontrava-se já assinado pelo PSD, Somos Coimbra e pelo então presidente da CPC do CDS-PP (Américo Petim), assinatura feita à revelia da CPC de Coimbra do CDS-PP e contrariando a decisão tomada em reunião da mesma, dois dias antes com o voto do próprio Américo Petim;

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  4. Esta situação levou à retirada da confiança política a Américo Petim, tendo este deixado de ser presidente da CPC e sendo substituído pela primeira vice-presidente;

  5. A CPC de Coimbra do CDS-PP considerou e considera que o documento de acordo de coligação apresentado pelo candidato José Manuel Silva (e que anexamos a este comunicado) não tem qualquer validade, uma vez que:

  • Os anexos III, IV e V não acompanhavam o documento no momento da assinatura e continuam a não existir;

  • O presidente da CPC de Coimbra do CDS-PP  à data da assinatura do acordo, Américo Petim, não estava mandatado pela CPC de Coimbra do CDS-PP, nem tinha condições para assinar o documento em questão;

  • O acordo está assinado por um movimento independente de cidadãos e partidos políticos, o que contraria a lei eleitoral autárquica em vigor;

  • No documento estão presentes partidos políticos que já anunciaram a sua retirada das negociações e consequente retirada de apoio ao candidato, José Manuel Silva. Como é o caso do PDR;

  • O  último episódio o desentendimento entre a CPC de Coimbra do CDS-PP e o candidato aconteceu no final de uma reunião de trabalho em que estiveram presentes PSD, CDS-PP, Aliança e Somos Coimbra, onde o candidato, depois de durante toda a reunião ter tentado conhecer os nomes que a CPC de Coimbra do CDS-PP tinha para apresentar nas freguesias, concluiu que não alteraria nada ao acordo e que o 10º lugar, que propôs para o CDS-PP, seria afinal para Rui Campos, do MPT, afirmando ser um compromisso de honra pessoal do próprio.

A concelhia de Coimbra do CDS-PP queixa-se ainda no comunicado, enviado hoje ao Notícias de Coimbra, do próprio presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, por ter “falado garantidamente mais vezes com o candidato do PSD, José Manuel Silva, do que com a CPC de Coimbra, com quem nunca falou durante este processo autárquico” embora “ao candidato, nas suas próprias palavras, foi demonstrada “disponibilidade e entusiasmo”.

O CDS-PP de Coimbra propôs a “retirada da coligação “Juntos Somos Coimbra por não se rever na falta de ética e transparência no processo de negociação da coligação e nas atitudes desrespeitosas, autoritárias e déspotas do candidato. Entende a CPC de Coimbra do CDS-PP que José Manuel Silva não será o melhor timoneiro de uma cidade como Coimbra, se não sabe sequer conduzir uma negociação de coligação, ainda que complexa.”

Os órgão locais do partido acrescentam que “José Manuel Silva deixou hoje claro a sua total ausência de seriedade quando, instado pelos jornalistas, afirmou que “as negociações estão numa fase final. (..) Têm sido conversas participadas, abertas e construtivas. Nós não estamos a negociar lugares. Nós estamos a constituir as melhores equipas com as pessoas disponíveis de todos os partidos” – citam no comunicado.

Num documento anexo ao comunicado, o CDS de Coimbra  [com imagens no final deste artigo] acusa que a “única especificidade que ficou devidamente firmada foram os lugares que cada partido irá ocupar nas listas à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Coimbra, relegando para um plano secundário e omisso o programa, as ideias e a responsabilidade financeira de cada partido na campanha eleitoral”.

A concelhia queixa-se ainda da própria distrital que acusa de ter como única “preocupação garantir os lugares que servem os objetivos pessoais de alguns elementos afetos à Comissão Política Distrital e que garantiram o acordo entre o candidato e o CDS-PP”. 

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