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BE quer recuperar o que é nosso. E um lugar na AR.

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 09-07-2015

Aqui chegava e daqui partia uma automotora carregada de gente. Gente de trabalho que vinha ou ia de Coimbra para Miranda ou da Lousã para Coimbra. Os governos do bloco central prometeram, vezes sem conta, a esses muitos milhares de pessoas, uma ferrovia moderna e de qualidade que os poupasse a deslocações sem um mínimo de conforto. Os mesmos governos prometeram às gentes de Coimbra instalar uma linha urbana de metro ligeiro de superfície igual ao de tantas cidades europeias de dimensão e de prestígio idênticos ao de Coimbra”.

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Foi com estas palavras que José Manuel Pureza começou o seu discurso no abandonado apeadeiro de Coimbra-Parque, o local escolhido pelo Bloco de Esquerda para apresentar os seus candidatos a deputados por Coimbra à Assembleia da República.

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A sessão contou com a presença de Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, que centrou a sua intervenção em questões de âmbito nacional,  nomeadamente nas privatizações.

Com José Manuel Pureza apresentam-se Gisela Martins,  António Rodrigues, Catarina Caldeira Martins – Coimbra – Miguel Cardina,  Maria Helena Loureiro, Rui Silva, Conceição Duarte e Aires Ventura.

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Enquanto olhava para os Jardins do Mondego, Pureza acrescentou; Ali havia laranjais antigos. E depois houve um Plano Diretor Municipal que abriu a porta ao betão com regras mínimas. E depois disso houve corrupção a sério, já julgada, que violou grosseiramente a lei e fez batota no jogo do costume em que o bloco central joga sempre na liga dos campeões, entre autarquia, construção civil e futebol. E agora há ali um monumento à corrupção que temo que vá caindo no esquecimento.

A escolha é entre a resignação e a coragem. É entre a democracia em que todos decidem das suas vidas, sejam barões ou camponeses e a tirania dos que mandam nisto tudo e silenciam quem incomoda o seu poder, afiança o nº 1 da lista do BE.

O Bloco de Esquerda vem a estas eleições para dar toda a força política a uma exigência essencial: recuperar o que é nosso. Recuperar os salários e as pensões e recuperar o honrar das obrigações do Estado para com os mais pobres. Recuperar o que é nosso e é vendido a pataco a governos estrangeiros e a empresários manhosos e recuperar o direito de decidirmos nós mesmos o nosso futuro. Recuperar o direito efetivo de todos/as à saúde, ao ensino, à justiça ou à segurança social e recuperar o princípio de que toda a gente tem direitos e não que uns têm direitos enquanto os outros talvez tenham a sorte de alguém generoso lhes valer. Recuperar o que é nosso e nos tiraram como os CTT ou a TAP, a ferrovia para a Lousã ou o metro para Coimbra. Recuperar o que é nosso e nos foi tirado como o salário ou o direito a ter um contrato de trabalho e não um bicate ou um estágio sem horizonte. Recuperar o que é nosso e nos foi tirado como a pensão de quem descontou uma vida inteira e agora a vê ser roubada fatia a fatia para salvar bancos que foram geridos por gangues financeiros.

Recuperar o que é nosso. Recuperar também a voz do Bloco de Esquerda de Coimbra no parlamento. Recuperá-la para que o país injusto, medíocre e corrupto que existe no nosso distrito tenha quem o denuncie sem temor, tenham quem o combata sem transigências e faça sentir aos que sempre mandaram que agora estão em risco. O compromisso dos nove homens e das nove mulheres que quiseram ser candidatos/as pelo Bloco de Esquerda em Coimbra é esse: dar4 voz no parlamento ao país que há no nosso distrito e a quem foi tirada a esperança em nome da diminuição de uma dívida que não parou de aumentar. E lutar com todas as forças para que Coimbra seja capital da dignidade, capital dos direitos, capital da justiça na economia e na sociedade e que seja por isso que ela é conhecida no país e no mundo, conclui José Manuel Pureza.

Veja AQUI fotografias e o vídeo com o discurso do candidato

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