Coimbra

Autarquia de Foz de Arouce e Casal de Ermio quis travar fungo com abate de árvores junto ao rio

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-04-2019

A Junta de Freguesia de Foz de Arouce e Casal de Ermio, na Lousã, justificou hoje o corte de árvores junto ao rio Ceira com a necessidade de travar a propagação de um fungo que as estava a afetar.

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O presidente da Junta, Henrique Lourenço, disse à agência Lusa que se tratou de uma “poda bastante seletiva”, de acordo com uma proposta do executivo, aprovada em dezembro pela Assembleia de Freguesia e que foi antecedida de um parecer do Gabinete Técnico Florestal (GTF) da Câmara da Lousã, no distrito de Coimbra.

“Para poder minimizar o impacto que o abate imediato poderia causar”, na praia fluvial da Bogueira, e sabendo “que esta opção não resolveria o problema da propagação da doença”, a Junta de Freguesia optou por “outra solução”, que a Assembleia aprovou por maioria, segundo uma nota da autarquia.

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No parecer, o GTF defendia “a eliminação completa das árvores atacadas, raízes incluídas, evitando a propagação da doença” dos plátanos, originada por um fungo.

Hoje, num documento enviado a diferentes entidades públicas, incluindo o parlamento, o Governo, a Câmara da Lousã e associações ambientalistas, um grupo de cidadãos contestou o abate, o qual, afirma, “provocou danos no ecossistema ripícola, fauna e flora, instabilidade nas margens e um aspeto desolador na paisagem”, já que foram cortadas também espécies autóctones do habitat ripícola.

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O documento, cuja primeira signatária é a residente Maria do Carmo Lopes, professora da Escola Superior Agrária de Coimbra, critica o “corte de amieiros, freixos e salgueiros (…) e uma poda severa em plátanos, numa vasta área”.

“Tudo isto se deve ao facto de no ano passado ter ocorrido, por várias vezes, a queda de ramos para o rio, tendo colocado em causa a segurança dos banhistas e utilizadores”, refere, por sua vez, a autarquia na informação aos cidadãos.

Alega ter respeitado “o parecer de quem de direito” e prevê que “o trabalho que se está a desenvolver, bem como a plantação futura de novas árvores, irá garantir a mesma sombra e beleza natural do espaço”.

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