Política

André Ventura diz que professores “vão continuar com a casa às costas”

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 09-05-2023

O líder do Chega defendeu hoje que o Presidente da República não deveria ter promulgado o diploma do Governo sobre recrutamento de pessoal docente, considerando que os professores “vão continuar com a casa às costas”.

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“Se o Chega estivesse na posição de ocupar, através de algum dos seus elementos, a Presidência da República, não promulgaria este diploma”, afirmou André Ventura, apesar de dizer compreender as razões invocadas pelo Presidente da República para o fazer.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma iniciativa em Lisboa, dedicada ao tema da habitação, o presidente do Chega alegou que o Governo quer fazer “o contrário do que devia ser feito”.

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“Porque não só os professores vão continuar com a casa às costas, como o nível de precariedade até vai aumentar nalguns casos, e vai aumentar ainda mais o nível de conflitualidade numa relação professores governo que já é muito conflituosa”, alertou.

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Ventura considerou que, “se o Governo passou seis meses a negociar para dar um diploma que não tem nenhumas condições de serenar os ânimos, isto mostra que houve um falhanço total da estratégia do Governo”.

Criticando o primeiro-ministro por não se ter envolvido diretamente nas negociações entre o Governo e os sindicatos, como tinha apelado, o líder do Chega lamentou que “o único momento em que vem é para saudar um diploma que foi promulgado pelo Presidente da República”.

“António Costa devia estar a dar a cara neste momento pelo fracasso que esta negociação foi, tão fracasso foi que os professores continuam em greve, vão continuar os protestos durante os próximos meses e muitas escolas vão continuar a pagar um preço alto por isso”, referiu.

“Eu diria que isto é da exclusiva responsabilidade do Governo e que Marcelo Rebelo de Sousa provavelmente – e aí bem – ao anotar as fragilidades deste diploma já está a assinalar ao Governo que vai exigir responsabilidades sobre isto e que todos sabemos que essas responsabilidades vão ser feitas no futuro, num futuro próximo”, disse.

O presidente do Chega esteve hoje na freguesia de Campo de Ourique, em Lisboa, para assinalar a existência de habitações devolutas e “marcar a habitação como um tema fundamental desta sessão legislativa”.

“Há uma série de edifícios degradados, abandonados pelo Governo, que podiam perfeitamente servir para habitação, e não servem por inoperância da Câmara Municipal de Lisboa, por inoperância do Governo central e continuamos a ter no centro da cidade, onde o metro quadrado é mais caro do país, edifícios que podiam e deviam servir para habitação para a classe média e não estão a servir, estão degradados, estão abandonados pelo Estado e depois o Estado pede aos particulares que conservem os seus edifícios e obriga-os a arrendar”, criticou.

André Ventura reiterou também o apelo ao presidente da República para vetar o “Programa Mais Habitação”, do Governo e voltou a indicar que o Chega agendou um debate parlamentar para o dia 18 sobre o sistema bancário e crédito à habitação.

 

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