Região

Montemor-o-Velho proíbe passagem de pesados de mercadorias em algumas freguesias

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 07-11-2022

A Câmara de Montemor-o-Velho proibiu a circulação de pesados de mercadorias nas freguesias de Pereira, Santo Varão, Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, que podiam servir de desvio da ponte em Alfarelos sobre o Mondego.

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O tráfego na ponte sobre o rio Mondego em Alfarelos, no concelho de Soure, será cortado durante um ano para obras de reabilitação. A interrupção do tráfego foi anunciada para ocorrer a partir de hoje, mas isso não se verificou, por falta de alternativa para a circulação de veículos pesados.

Há cerca de dois meses a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho foi interpelada pela Infraestruturas de Portugal (IP) sobre os desvios que vão ter de servir de alternativa ao trânsito.

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Desde essa altura, “a Câmara de Montemor-o-Velho assumiu uma posição logo na primeira reunião que ocorreu, em Soure, que não deixaria passar trânsito de pesados nas suas aldeias ou nas suas freguesias de Pereira, Formoselha, Santo Varão, Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca”, já que “não dispõem de vias municipais suficientemente largas para o trânsito”, que será gerado com o encerramento da ponte, disse hoje à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.

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A autarquia referiu que uma das alternativas sugeridas passa pela “requalificação da Estrada do Campo, que liga o Marujal ao Parque de Campismo de Montemor-o-Velho”.

O autarca afirmou que a Câmara está disponível “para fazer parte da solução”, designadamente assumindo a requalificação e manutenção da Estrada do Campo, que “servirá de trajeto alternativo”, desde que as contrapartidas financeiras sejam asseguradas.

Foi já colocada sinalização adequada que proíbe a passagem de pesados de mercadorias nesses “pontos sensíveis que são estradas municipais, que não têm largura para o cruzamento de dois veículos dessas dimensões”.

“Como é sabido, esta obra não é da competência da Câmara” e, por isso, “não pode ser responsabilizada, nem é responsabilizada por todos os transtornos causados”, frisou.

Para além disso, o presidente recordou que se trata de zonas habitacionais e que as cargas desses veículos fazem “imenso barulho e trepidação de madrugada, portanto, a qualidade de vida das pessoas não pode ser afetada pela não resolução atempada dos desvios”.

Emílio Torrão deu ainda nota de que a Câmara de Montemor-o-Velho está “solidária”, com as empresas de logística e com as empresas de transporte, já que não têm culpa da situação e vão ter “prejuízos avultados com as propostas alternativas que a Infraestruturas de Portugal (IP) criou com este desvio”.

“Até esta data não temos solução”, concluiu.

Situada na estrada nacional 347 (EN 347), esta travessia liga os municípios de Soure e Montemor-o-Velho, no Baixo Mondego, distrito de Coimbra.

“Com um investimento associado de cerca de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de aproximadamente um ano, esta intervenção, que é considerada imperiosa, tem como objetivo a reabilitação e o reforço da ponte, de forma a aumentar a sua durabilidade estrutural, prolongando a sua vida útil”, afirmou a Infraestruturas de Portugal (IP).

“Os desvios de trânsito orientarão pela EN342, passando por Soure e Louriçal até à EN109 ou A17, e para a utilização da EN347 direção Condeixa até ao IC2 ou A1”, referiu este organismo público.

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