Coimbra

Dunas, são como divãs

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 08-01-2014

O ministro do Ambiente, Moreira da Silva, disse hoje que a recuperação de 1.300 metros de cordão dunar, a sul da Figueira da Foz, vai avançar nas próximas semanas, num investimento de 3,7 milhões de euros.

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A obra, que tem um prazo de execução de oito meses, incide sobre as dunas da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa, a sul do Mondego, que voltaram a ser fustigadas pela agitação marítima dos últimos dias.

“O concurso está feito, o investimento cabimentado, é uma questão de passar à ação. O que aconteceu este fim de semana, com o recuo de 10 a 15 metros da duna, prova que é absolutamente essencial lançar esta intervenção nas próximas semanas”, afirmou Moreira da Silva aos jornalistas, durante uma visita à praia da Leirosa.

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O titular da pasta do Ambiente frisou que o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, “colocou algumas dúvidas” quanto à tipologia de intervenção prevista – que contempla o reenchimento da duna com areia – mas avisou que as intervenções que já estavam programadas “têm de ser executadas”.

“A população não pode esperar mais tempo”, sustentou.

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Jorge Moreira da Silva frisou, no entanto, que as entidades responsáveis pela defesa da costa necessitam de manter “uma abertura de espírito” para reavaliar certo tipo de intervenções “à luz de uma dinâmica que é permanente no que diz respeito ao mar”.

Questionado pela agência Lusa sobre a situação na praia do Cabedelo – cuja duna artificial de proteção foi bastante afetada pelo mar, nos últimos dias, deixando à vista o enrocamento ali construído há cerca de 50 anos – Moreira da Silva admitiu que se trata de uma “situação nova” que não faz parte da intervenção prevista de recuperação do cordão dunar.

A situação vai ser monitorizada nos próximos meses, para se saber se haverá uma reposição natural das areias, por força das marés. Em caso negativo, o ministro assumiu que terá de ser ponderada uma intervenção no local.

“A proteção do litoral não deve ser feita de uma forma fechada, no sentido de ser um plano que cristalizou, fechou e temos apenas de executar. Tem de haver execução mas tem de haver permanentemente uma capacidade para ver no terreno” a evolução, defendeu Moreira da Silva.

 

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