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Câmara mete ponto final na Feira do Livro de Coimbra

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 20-03-2014

Quando se pensava que seria impossível caminhar mais do que nos mandatos do PSD na despromoção da Feira do Livro de Coimbra, a regressada maioria PS decidiu dar um grande passo para colocar o evento no fim da linha dos eventos que servem para tudo menos para o público.

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Notícias de Coimbra teve acesso a documentos da autarquia que adiantam que em 2014 a Feira do Livro vai estar integrada numa pomposa “Feira Cultural de Coimbra”, perdendo a tradicional designação “Feira do Livro”, para se confinar a “uma área” a meias com o artesanato, transferindo-se das designadas Docas para o vizinho Parque Manuel Braga, um e outro local sem condições para acolherem certames com este tipo de características.

A transformação da exposição âncora do mercado livreiro local em corner de supermercado terá a visibilidade possível na “Avenida dos Plátanos”, onde, entre barracas de comes e bebes, artesanato, artes plásticas e música, se vai estender  no meio do pó ou da lama entre 23 de maio e 1 de junho.

É neste aglomerado de módulos standard que Carina Gomes, a vereadora da cultura, promete realizar de 30 para 31 de maio umas “24 horas culturais”, que, segundo a mesma é “um evento inspirado nos modelos concetuais de grandes cidades como São Paulo, Madrid, Londres ou Miami”.

Será então no meios dos espaços de editoras de segunda linha, de provas de rancho à portuguesa e  dos últimos modelos de mantas marroquinas que o executivo liderado por Manuel Machado “pretende celebrar, ininterruptamente durante um dia e sob o mote Cultura nom-stop, a multiplicidade de manifestações artísticas da cidade, convidando os seus autores e intérpretes a trazer para a rua as suas propostas artísticas e culturais.”

Segundo um prestigiado livreiro da cidade, que prefere não ser identificado, a ideia das 24 horas até pode ser boa, mas não chegará para disfarçar que a Câmara Municipal de Coimbra decidiu acabar com a “feira do livro”, salientando que o modelo de negócio de 2014  só pode ser equiparado a mercados informais de concelhos com um décimo da população de Coimbra.

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