Famílias ucranianas residentes na Região Centro vão concentrar-se no domingo, pelas 14:00, no Largo da Portagem, em Coimbra, “para pedir à Europa para ajudar a Ucrânia”, disse Oleksandra Burkevych, que recebeu esta sexta-feira o Notícias de Coimbra em sua casa.
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Mostrar que estão com o país natal e contra a guerra são também objetivos do encontro promovido por esta comunidade que apela para que as pessoas se juntem para ajudar o seu país. Pelas 11:00 há uma missa na Igreja de Santo António na Quinta da Portela, “para pedir ajuda a Deus, porque o nosso país necessita”, realçou a ucraniana.
A família Burkevych deixou há 20 anos a Ucrânia e escolheu Condeixa-a-Nova para viver. Cerca das 19:30 desta sexta-feira, a simpática família abriu a porta de sua casa para receber o Notícias de Coimbra, onde a matriarca falou da guerra na Ucrânia. “Está muito difícil, não é nada fácil saber que as pessoas, a nossa família estão a sofrer e não conseguir fazer nada, mas esperamos e corra tudo bem”, desabafou.
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Já em Portugal nasceu Susana, a segunda filha do casal Yaroslav e Oleksandra, mas há mais um descendente: Serhiy que ainda nasceu no país que hoje está em guerra. “Tenho a melhor família do mundo, eles estão sempre com muita calma, com muita paciência, e tentam acalmar-me. A minha mãe diz-me: olha filha tem calma tudo vai correr bem!”, revela já bastante emocionada e com a lágrima no canto do olho.
A mãe e a irmã vivem perto da cidade de Ternopil. “Ainda está um pouco longe, mas na primeira noite viram os aviões”, comenta, enquanto olha para o telemóvel de onde vão chegando notícias.
“Já foram chamados para a guerra três rapazes novos da aldeia da minha mãe, é muito triste”, diz Oleksandra e fica em silêncio, sem conseguir conter as lágrimas. “Não há palavras, é muito difícil”, acrescenta. “Não tem lógica esta guerra, mas o nosso povo é muito forte é muito corajoso eu adoro os ucranianos”, acredita.
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A reportagem do NDC terminou em ucraniano com Oleksandra Burkevych a enviar beijinhos para a sua família que está na Ucrânia, esperando que em breve tudo não passe de um pesadelo.
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