Coimbra
Tribunal de Coimbra adia sentença de homem acusado de três homicídios tentados
O Tribunal de Coimbra adiou hoje para o dia 22 a leitura da sentença de um homem de 56 anos julgado por tentar matar a ex-mulher, o companheiro desta e a própria filha, em Condeixa-a-Nova.
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O arguido é acusado de praticar os crimes, em setembro de 2020, com recurso a uma arma caçadeira, tendo o veredicto do tribunal, cuja divulgação estava anunciada para hoje, às 14:00, sido adiado por razões processuais para nova data, à mesma hora.
O homem, que está preso preventivamente, esteve casado com a mulher durante 28 anos, num relacionamento marcado por conflitos e violência por parte do homem, que terminou em 2017, descreve o Ministério Público (MP) na acusação a que a agência Lusa teve acesso.
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Em junho de 2020, o agressor soube do novo relacionamento da ex-mulher e decidiu, em 31 de agosto, matar o seu companheiro, por não aceitar “o fim do relacionamento, nem a nova relação”.
Nesse dia, cerca das 20:00, deslocou-se à casa dela e esperou escondido, armado com a caçadeira, a saída do casal da residência, em Condeixa-a-Nova, segundo a acusação.
Quando o casal saiu de casa, já depois da meia-noite, empunhou a espingarda e “apontou-a na direção da cabeça” do companheiro da ex-mulher, a cerca de três metros do homem, que foi atingido na zona da cabeça.
O arguido voltou a apontar a arma em direção à vítima, que estava inconsciente no chão, mas a ex-mulher “agarrou-se ao arguido”, conseguindo desviar os canos da espingarda e permitindo que o novo companheiro recuperasse os sentidos e “encetasse a fuga, seguido por aquela”.
Nessa altura, apareceu a filha do arguido e da ex-mulher, com 16 anos, que também terá tentado agarrar o pai e pedido para este parar.
Mas o homem, que foi no encalço do casal, quando se preparava para voltar a disparar, foi agarrado pela ex-mulher.
Logo que se conseguiu soltar, terá apontado a espingarda em direção à ex-mulher e filha, gritando: “Mato-vos já!”.
O arguido terá efetuado dois disparos sobre as duas, não as atingindo porque a ex-mulher conseguiu desviar novamente os canos da caçadeira, refere o MP.
As vítimas aproveitaram o momento em que o arguido tentava municiar novamente a arma para fugir.
O companheiro da ex-mulher sofria, em 13 de setembro de 2020, “de tonturas que o limitavam nos deslocamentos e postura, tinha pesadelos, sofria de cefaleias” que o obrigavam a tomar medicação de quatro em quatro horas, “visão turva e zumbido nos ouvidos”.
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