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Três tripulantes do petroleiro que se incendiou encontrados vivos

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 07-02-2022

Três elementos da tripulação do petroleiro que se incendiou e afundou, na semana passada, ao largo da costa da Nigéria, foram encontrados vivos, mas sete ainda continuam desaparecidos, anunciou a empresa proprietária do navio.

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Na quarta-feira, uma explosão, cuja origem ainda está por apurar, provocou um incêndio no FPSO “Trinity Spirit”, uma instalação petrolífera flutuante ao largo da costa do estado do Delta, no sul da Nigéria, o maior produtor de crude em África, que só foi controlado no dia seguinte.

Os FPSO são unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo ou gás natural a partir de plataformas offshore (exploração em águas profundas).

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Dez membros da tripulação estavam a bordo na altura do incidente.

“Três tripulantes foram encontrados vivos”, disse no domingo à noite o diretor da Companhia de Exploração e Produção de Shebah (Sepcol), Ikemefuna Okafor, proprietária do navio.

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Okafor acrescentou que um “corpo foi descoberto perto” do navio, mas não pode dizer se era um membro da tripulação, porque “a sua identidade ainda não está estabelecida”.

“Os nossos esforços conjuntos (…) visam a localização, segurança e proteção dos sete tripulantes ainda desaparecidos, limpar e limitar os danos ambientais e definir a causa da explosão”, adiantou.

De acordo com a Sepcol, o “Trinity Spirit” tinha uma capacidade de processamento de 22.000 barris de crude (petróleo bruto) por dia e uma capacidade de armazenamento de dois milhões de barris.

O número de barris armazenados na embarcação no momento da explosão é ainda desconhecido, mas o incidente suscitou receios de um grande derrame de petróleo.

No entanto, Idris Musa, diretor da Agência de Deteção e Resposta a Derrames de Petróleo da Nigéria (Nosdra), disse à agência de notícias francesa AFP, no domingo, que não houve “nenhum incidente de derrame de petróleo até este momento, apenas pequenas quantidades de petróleo”.

Os derrames de petróleo são comuns na Nigéria, mas normalmente afetam o rio Níger e os seus afluentes, e mais raramente o mar.

O ecossistema do Delta do Níger tem sido devastado por décadas de exploração petrolífera. As companhias petrolíferas são regularmente acusadas de desastres ambientais, tal como os grupos criminosos que perfuram os oleodutos para pilhar petróleo bruto, no país que é um dos maiores produtores de crude de África.

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