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Terramoto de 7,1 abala China e deixa seis feridos

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 23-01-2024

Imagem: DR

 Um terramoto de magnitude 7,1 que atingiu hoje uma zona escassamente povoada de Xinjiang, noroeste da China, deixou seis pessoas feridas e danificou ou derrubou mais de 120 casas num clima de frio extremo, disseram as autoridades.

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O terramoto abalou a vila de Uchturpan, ou Wushi em mandarim, na prefeitura de Aksu, pouco depois das 02:00 horas locais (18:00 de segunda-feira em Lisboa), informou o Centro de Redes de Terramotos da China.

Cerca de 200 equipas de salvamento foram enviadas para o epicentro.

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Entre as seis pessoas feridas, duas tinham ferimentos graves e quatro ferimentos ligeiros. Além disso, 47 casas desmoronaram, 78 casas ficaram danificadas e algumas estruturas agrícolas colapsaram, publicou o governo da Região Autónoma de Xinjiang na sua oficial na rede social Weibo.

O terramoto derrubou postes de eletricidade, mas a energia foi rapidamente restabelecida, informaram as autoridades de Aksu. Uchturpan tinha cerca de 233.000 habitantes em 2022, segundo as autoridades de Xinjiang.

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O serviço ferroviário de Urumqi, capital de Xinjiang, retomou os serviços a partir das 07:00 (23:00 de segunda-feira, em Lisboa), depois de os controlos de segurança terem confirmado que não havia problemas nas linhas de comboio. A suspensão afetou 23 comboios, informou o departamento que serve a capital de Xinjiang na conta oficial do Weibo.

O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o terramoto teve uma magnitude de 7,0 e ocorreu na cordilheira de Tian Shan. O maior terramoto na área no século passado foi de magnitude 7,1 e ocorreu em 1978, a cerca de 200 quilómetros do terramoto de hoje.

Foram registados vários tremores secundários, o mais forte dos quais com uma magnitude de 5,3.

A zona rural é habitada maioritariamente por uigures, uma minoria étnica chinesa de origem muçulmana que tem sido alvo de uma campanha estatal de assimilação forçada e de detenção em massa.

Uchturpan está a registar temperaturas muito abaixo de zero, com mínimas previstas pela Administração Meteorológica da China para esta semana de 18 graus Celsius negativos. Algumas zonas do norte e do centro da China têm estado sujeitas a vagas de frio extremo este inverno, tendo as autoridades encerrado várias vezes as escolas e as autoestradas devido a tempestades de neve.

Na província de Yunnan, no sudoeste da China, as equipas de salvamento continuavam a tentar encontrar as vítimas soterradas por um aluimento de terras na segunda-feira, na aldeia de Liangshui.

Onze corpos foram recuperados e dois sobreviventes foram resgatados depois de o deslizamento de terras ter soterrado 47 pessoas em 18 casas, sob um frio glacial e neve a cair.

Os tremores foram sentidos em toda a região de Xinjiang e nos países vizinhos Quirguizistão e Cazaquistão. Na capital do Cazaquistão, Almaty, as pessoas abandonaram as suas casas, informou a agência noticiosa russa Tass.

Os terramotos são frequentes no oeste da China, incluindo nas províncias de Gansu, Qinghai, Sichuan e Yunnan, bem como nas regiões de Xinjiang e Tibete.

Um terramoto que atingiu Gansu em dezembro matou 151 pessoas e foi o mais mortífero dos últimos nove anos na China.

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