Saúde

Tenha cuidado! Existe um tumor que cresce na pele descontroladamente quando estamos ao sol

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 12 meses atrás em 04-05-2023

Já ouviu falar em melanoma? É um tumor violento que cresce muito rápido na pele e quando estamos sob a exposição solar surge em sítios no nosso corpo que passam despercebidos. 

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O melanoma é um tipo de cancro agressivo que se desenvolve na pele e “pode espalhar-se pelo corpo, e atacar vários órgãos” como é o caso do “cérebro, pulmões e fígado. Atenção à exposição solar. Os escaldões são muito perigosos”, refere um artigo da Notícias Magazine.

“Este tumor maligno cutâneo, que se caracteriza pela proliferação de células melanocíticas, pode surgir em qualquer idade, sendo frequente abaixo dos 30 anos. Nos homens é mais frequente no tronco, no peito e nas costas. Nas mulheres, ataca sobretudo os membros inferiores, a cara e o pescoço”, explica.

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Esteja atento, portanto, a sinais de alarme, como “assimetria no contorno, bordos irregulares, coloração escura, diâmetro acima de seis milímetros e a evolução da lesão (cor, forma, textura, sangramento, prurido local, crescimento)”, enumera.

Mas a verdade é que pode surgir em qualquer local. “Este tumor surge mais frequentemente na pele, podendo aparecer noutras localizações como nas mucosas (nasofaringe, vulva e canal anal) ou nas células pigmentadas da retina”, adianta à NM Mariana Inácio, médica oncologista no Hospital do Espírito Santo de Évora citado pela Notícias Magazine que alerta que os sintomas passam despercebidos. “Habitualmente, o primeiro sinal de alarme é a alteração das características duma lesão pigmentada cutânea preexistente: assimetria no contorno, bordos irregulares, coloração escura, diâmetro acima de seis milímetros e a evolução da lesão (cor, forma, textura, sangramento, prurido local, crescimento)”, menciona a médica.

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A incidência da doença está a aumentar e é alarmante, pois estima-se que em Portugal “tenham sido diagnosticados 1.101 novos casos, o que corresponde a 2,2% de todos os cancros. A taxa de mortalidade situa-se nos 0,9%”, segundo o artigo.

Um dos fatores de risco é a exposição à radiação ultravioleta, ou seja, a exposição solar, o sol. Isto é, se estivermos muito tempo ao sol de forma “intensa e intermitente, os chamados ‘escaldões’, na infância e adolescência, acarreta um maior risco. A frequência de solários está também associada a um maior risco”, adianta a especialista.

“Homens com idade superior a 60 anos, pessoas com pele clara, com sardas ou com muitas lesões pigmentadas, gente com cabelos loiros ou ruivos e olhos azuis ou verdes, devem ter bastante cuidado”, prossegue.

A médica oncologista alerta para o facto de que “embora seja raro, pode existir uma predisposição familiar para o desenvolvimento de melanoma, sendo que o risco aumenta quanto mais familiares diretos forem afetados”.

“O único tratamento curativo é a cirurgia com a excisão total da lesão, daí a importância da deteção precoce deste tipo de tumor. Se não for diagnosticado antecipadamente, pode espalhar-se, metastizando para os gânglios linfáticos e para órgãos como o cérebro, fígado ou pulmões. Este tipo de tumor pode tornar-se muito agressivo, crescendo duma maneira descontrolada”, avisa.

Mas se a doença já estiver espalhada, será necessário recorrer a uma terapêutica que atue no corpo todo, isto é, uma terapêutica sistémica. “Até há cerca de uma década, a quimioterapia era a principal terapêutica sistémica utilizada, mas as taxas de resposta tumoral eram muito insuficientes e o doente acabava rapidamente por ter uma progressão da sua doença maligna”. Recentemente, surgiram alternativas inovadoras, como a imunoterapia e as terapias dirigidas a mutações de genes que podem estar ativas nestes doentes.

A imunoterapia ativa o sistema imunitário para conseguir reconhecer as células do tumor, evitando que elas cresçam. “Este tipo de terapêutica, para além de apresentar taxas de resposta tumoral muito superiores às da quimioterapia, podendo prolongar o tempo de vida do doente, confere uma surpreendente qualidade de vida ao doente”, conclui a médica.

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