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Tenerife enfrenta o incêndio “mais complicado” dos últimos 40 anos

Notícias de Coimbra | 9 meses atrás em 17-08-2023

O incêndio que já devastou mais de 3.200 hectares na ilha espanhola de Tenerife é “provavelmente o mais complicado” das últimas décadas no arquipélago das Canárias, realçou hoje o presidente do governo regional.

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O fogo, que começou na noite de terça-feira, está a lavrar numa área arborizada e em ravinas na parte nordeste da ilha, arquipélago no situado na costa ocidental de África, tendo consumido mais de 3.200 hectares, de acordo com o último relatório das autoridades.

O governo decretou hoje o confinamento da localidade de La Esperanza, no município de Rosário, enquanto uma dezena de pequenas vilas ou aldeias nesta região turística foram evacuadas por precaução.

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Cerca de 3.000 pessoas foram retiradas das suas casas, enquanto cerca de 4.000 pediram para permanecer nas suas habitações, para evitar o fumo.

“A noite foi muito dura (…) Este incêndio é provavelmente o mais complicado que tivemos nas Canárias (…) pelo menos nos últimos 40 anos”, sublinhou o presidente do governo do arquipélago, Fernando Clavijo, durante uma conferência de imprensa em Tenerife.

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“O calor extremo e as condições climatéricas (…) complicam o trabalho dos bombeiros”, acrescentou.

Mais de 250 pessoas, além de 17 aeronaves, estão mobilizadas no combate às chamas, incluindo a Unidade Militar de Emergência (UME), que intervém regularmente ao lado dos bombeiros para combater os incêndios mais vorazes ou mais perigosos para a população.

“Estamos perante um incêndio como nunca vimos nas Ilhas Canárias”, frisou, por sua vez, a meteorologista Vicky Palma referindo-se a uma coluna de fumo recorde e a uma duração contínua das chamas de 34 horas.

As autoridades locais fecharam as estradas que levam às montanhas no nordeste da ilha.

O incêndio ocorre depois de uma onda de calor que varreu as Ilhas Canárias e deixou muitas áreas secas, aumentando o risco de incêndios florestais.

Segundo os cientistas, os eventos climáticos extremos estão a intensificar-se devido ao aquecimento global, sendo esperadas ondas de calor mais frequentes e intensas e o seu impacto mais generalizado.

Em 2022, 300 mil hectares foram destruídos por mais de 500 incêndios em Espanha, um recorde na Europa, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Mais de 71.000 hectares já arderam em 2023 neste país.

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