O Teatrão acaba de lançar uma call para intérpretes, com e sem experiência, virem a integrar as Leituras Encenadas da Fantasia Futurista (FF), o principal projeto que a companhia de Coimbra criou para assinalar os 50 anos do 25 de Abril – que acontecem no mesmo ano em que esta celebra 30 anos.
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O apogeu desta dupla celebração concretiza-se a 21 de março, data do aniversário do Teatrão, que será assinalado com a publicação de uma edição com os textos finais resultantes deste grande concurso de dramaturgia na lusofonia, que conta com a curadoria de Marco António Rodrigues e do dramaturgo Valério Romão.
As Leituras Encenadas irão decorrer ao longo de abril, entre os dias 4 e 18, e vão levar estes textos a palco pela primeira vez na Oficina Municipal do Teatro.
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A call lançada procura os intérpretes que irão preparar estas cinco apresentações, trabalhando ao longo de cinco semanas numa oficina de interpretação e análise ativa com Marco Antonio Rodrigues, encenador de São Paulo que tem trabalhado em parceria contínua com o Teatrão desde 200x, criando projetos como Ti Coragem & Filhos Lda, a partir de Bertolt Brecht, da Família, As Três Irmãs de Tchekhov, Ala de Criados ou Richard’s, a partir de Shakespeare, entre outros.
Para este trabalho, a companhia procura intérpretes de qualquer nível de experiência, que sejam maiores de idade e que tenham disponibilidade total para se comprometer com a presença em todas as sessões de formação (total de 30h) e nas cinco datas das Leituras Encenadas.
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A inscrição não tem qualquer custo e deve ser feita através do preenchimento do formulário até dia 21 de fevereiro. As vagas são limitadas.
O cinquentenário do 25 de Abril, como modelo basilar de revolução cidadã, é um marco do Ocidente. Neste sentido, continua a ser bandeira e horizonte de utopias, humanidades e solidariedades, e também marca a refundação de uma lusofonia.
Assim nasce a FF, um concurso de dramaturgia lançado em fevereiro de 2023 e que recebe 117 candidaturas oriundas de Portugal, Brasil, Itália, Argentina e São Tomé e Príncipe. O convite foi feito a autores de toda a lusofonia para desenvolver um texto dramático a partir de uma provocação temática desenvolvida por Valério Romão.
O desafio articulado por Valério colocava o cenário do renascimento da liderança mais emblemática dos Capitães de Abril, Salgueiro Maia, na sequência de uma experiencia científica de clonagem de seres humanos.
Depois de um processo de seleção criterioso, cinco sinopses foram escolhidas para receber uma bolsa e avançar para a produção de textos dramatúrgicos, que ficaram completos no início de janeiro de 2024 e que serão apresentados ao público através da edição de um livro que compila estes textos e destas Leituras Encenadas.
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