Justiça

Sociedade Morais Leitão suspende advogados arguidos na investigação aos negócios do lítio e hidrogénio

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 meses atrás em 11-11-2023

A sociedade de advogados Morais Leitão suspendeu hoje os sócios Rui Oliveira Neves e João Tiago Silveira, ambos arguidos na investigação do Ministério Público (MP) aos negócios do lítio, hidrogénio e ‘data center’ de Sines.

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Num esclarecimento enviado à Lusa, o escritório de advogados refere que a suspensão tem “efeitos imediatos” e surge a pedido dos dois sócios envolvidos neste processo, que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa e à queda do Governo.

Rui Oliveira Neves, que é também administrador da empresa Start Campus, foi detido na operação de terça-feira do MP, tal como o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, o CEO da Start Campus, Afonso Salema, e o consultor Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

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Já a constituição de João Tiago Silveira como arguido foi conhecida apenas na quarta-feira, tendo sido assumida pelo próprio.

“Confirmo que fui constituído arguido no âmbito do processo tornado público na passada terça-feira. Guardarei os meus comentários para a sede e momento próprios, se e quando me confrontarem com suspeitas e factos concretos”, referiu o antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e secretário de Estado da Justiça no Governo de José Sócrates.

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Além destes nomes são ainda arguidos o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, e a empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines, segundo o MP, podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um centro de dados na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

António Costa é alvo de uma investigação autónoma do MP no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

O MP está convencido que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus.

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