A greve de dois dias dos trabalhadores de quatro empresas do setor dos resíduos do Grupo EGF termina hoje com “um balanço positivo” para o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e com uma adesão reduzida para a empresa.
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Em declarações à agência Lusa, Joaquim Sousa, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), referiu que o balanço dos dois dias de greve “é extremamente positivo”, tendo em conta o contexto em que se desenrolou esta ação de luta.
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Os trabalhadores de quatro empresas (ERSUC, Resiestrela, Resinorte e Valorlis) do setor dos resíduos do Grupo EGF iniciaram na segunda-feira uma greve de 48 horas pela negociação de um acordo coletivo de trabalho e aumentos salariais.
O sindicalista sublinhou que os números da adesão dos trabalhadores à paralisação “são idênticos” aos números de segunda-feira e prometeu que “a luta vai continuar”.
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Nesse dia, segundo o sindicato, na Ersuc e na Resinorte a adesão dos trabalhadores à greve “situou-se entre os 80 e 90%”. Já na Resiestrela, na recolha seletiva a adesão “foi de 100%” e, em termos gerais, cifrou-se em 75%. Na Valoris a adesão à greve dos trabalhadores “foi muito fraca, quase insignificante”.
“Esperamos, da parte da EGF, uma resposta positiva. Agora, vamos traçar alguns caminhos para o próximo ano. Vamos continuar a luta com esforço”, disse hoje Joaquim Sousa.
Em comunicado, a empresa explica que, do ponto de vista global, “os níveis de adesão são reduzidos, as instalações estão abertas e os serviços mínimos estão a ser assegurados”.
“Mais informamos que a EGF e as suas concessionárias têm mantido o diálogo com os trabalhadores e os seus representantes ao mais alto nível, e que, no ano excecional e desafiante que tem sido o ano de 2020, os investimentos em equipamentos de proteção individual e condições de trabalho foi o mais elevado de toda a história da empresa, com um cuidado permanente e não comparável a anos passados”, lê-se na nota.
Adianta ainda que os trabalhadores da EGF, profissionais que têm estado na linha da frente no combate à pandemia da covid-19, “têm sido valorizados não só na sua profissão como na atenção por parte de todas as empresas do grupo nas respetivas regiões”.
A título de exemplo, realçam as várias campanhas e iniciativas realizadas neste ano de pandemia, em que “o grupo EGF e os seus trabalhadores se voluntariaram e deram o seu bom exemplo de boas práticas, tendo sido reconhecidos em vários momentos e por várias instituições”.
Já sobre os números de adesão dos trabalhadores à greve de 48 horas, a empresa sublinha que nas três empresas em que houve adesão (Ersuc, Resiestrela e Resinorte) registou-se um valor médio nos dois dias de 34%, 8,5% e 24%, respetivamente.
Na Valorlis não se registou qualquer adesão à greve.
A empresa sustenta ainda que os dados apresentados “são os dados reais e representam o registo oficial em cada uma das empresas, sendo de constatar uma adesão inferior quando comparada a iniciativas anteriores”.
Segundo dados do STAL, os cerca de 1.000 trabalhadores ao serviço da Ersuc, Resiestrela, Resinorte e Valorlis prestam serviço a 91 municípios dos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Vila Real e Viseu e servem uma população de mais de 2,3 milhões de habitantes.
A EGF – Environment Global Facilities, é uma empresa do Grupo Mota-Engil/Urbaser, que atua no setor dos resíduos em Portugal e assegura o tratamento de 3,2 milhões de toneladas de resíduos por ano, produzidos por 6,3 milhões de habitantes.
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