Portugal

Sindicato diz que acidente mortal na fábrica da Repsol revela “falha grosseira de segurança”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 15-02-2024

A morte de dois trabalhadores que caíram de uma altura de “mais de 30 metros” na fábrica da Repsol Polímeros, em Sines (Setúbal), quando desmontavam uma estrutura “revela uma falha grosseira de segurança”, considerou hoje um sindicato do setor.

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Segundo o SITE Sul – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, a morte de dois trabalhadores “por alegada queda de um andaime é um acidente gravíssimo e revela uma falha grosseira de segurança”.

“A morte de qualquer trabalhador no seu local de trabalho é uma tragédia sem nome e não pode de maneira nenhuma passar em branco”, afirmou o sindicato em comunicado, que “exige que sejam apuradas e retiradas todas as responsabilidades e consequências” do “grave acidente, das quais a Repsol não poderá fugir”.

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Para o SITE Sul, “não adianta de muito alegar que se trata de trabalhadores por conta de um prestador de serviço, pois certamente chegar-se-á à conclusão de que se tratará de trabalhadores contratados por uma empresa de trabalho temporário cedidos a um prestador de serviços”, por sua vez “contratado pela Repsol”.

“Trata-se da cadeia habitual de precariedade e de exploração de milhares de trabalhadores do Complexo Industrial de Sines, onde os baixos salários existem”, lê-se na nota.

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Dois homens morreram na segunda-feira num acidente de trabalho na fábrica da Repsol Polímeros, em Sines, ao caírem de “uma altura de mais de 30 metros”, revelou fonte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Segundo a mesma fonte, os dois trabalhadores “estavam a desmontar uma estrutura e caíram de uma altura de mais de 30 metros”.

Na nota hoje divulgada, o SITE Sul anunciou ainda que vai “solicitar explicações à Repsol sobre o acidente” e coloca ao dispor das famílias dos trabalhadores que morreram “toda a disponibilidade para ajudá-las na resolução de toda a tramitação legal”.

Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral indicou que foi dado aos bombeiros, às 16:29, o alerta para uma queda de estruturas temporárias ou móveis.

Entretanto, a Repsol Polímeros já anunciou a abertura de uma investigação para averiguar as causas do acidente que vitimou os dois trabalhadores no Complexo Industrial de Sines, no distrito de Setúbal.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa lamentou a morte dos dois trabalhadores de 21 e 37 anos, de nacionalidade brasileira, e explicou que ambos pertenciam a uma empresa prestadora de serviços.

De acordo com a Repsol, “o acidente ocorreu durante os trabalhos de desmontagem de um andaime” no complexo fabril, em Sines, às 16:00.

“A Repsol abriu uma investigação para encontrar as causas do acidente”, avançou a empresa, acrescentando que está “em contacto permanente com a empresa prestadora de serviços para oferecer todo o seu apoio”.

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