Coimbra

Sé Velha acolhe primeira celebração da Imaculada Conceição em Coimbra

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 06-12-2020

No dia 8 de dezembro de 2020 comemoram-se os 700 anos da primeira celebração da Solenidade da Imaculada Conceição em Portugal, que decorreu na Basílica de Santa Maria de Coimbra, atual Sé Velha.

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Para assinalar este dia pleno de significado para a cidade da “Imaculada Conceição”, a Diocese de Coimbra preparou um programa celebrativo que tem início às 10:00, precisamente na Sé Velha, com Eucaristia presidida por Dom Virgílio Antunes, que será transmitida na RTP 1.

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A celebração continua durante a tarde, com o canto de Vésperas às 16:00, pelo Coro Diocesano de Coimbra, sob a direção de Alberto Seiça, transmitido nas redes sociais da Diocese de Coimbra.

O programa comemorativo termina às 18:30 com o concerto “À Imaculada Conceição, Rainha de Portugal”, que terá lugar na antiga Igreja do Convento de São Francisco. O concerto inclui obras de Manuel Faria e de Frederico de Freitas, especialmente compostas para o centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, interpretadas pelo Manuel Faria Ensemble sob a direção artística do Maestro Paulo Bernardino e com a participação do Organista João Santos. O concerto será transmitido em WWW.UC.PT/EMDIRETO.

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A 17 de outubro de 1320, o Bispo de Coimbra, D. Raimundo Evrard, instituiu a festividade da Conceição de Maria, isto é, “o dia em que a Virgem Gloriosa Santa Maria foi concebida”. Nesse mesmo ano, a 8 de dezembro, foi pela primeira vez celebrada em Portugal a Solenidade da Imaculada Conceição, na Sé Velha de Coimbra.

Importa sublinhar a influência relevante da Rainha Santa Isabel neste processo, porventura inspirada pela sua dama de corte Vataça Lascaris, uma princesa bizantina que se encontra sepultada na Catedral conimbricense e que teria estado em contacto com o culto da Imaculada Conceição no Oriente, de onde era originária.

Desta forma, Coimbra tornou-se um pólo irradiador deste dogma mariano vários séculos antes da definição dogmática proclamada pelo Papa Pio IX, em 1854, e que confessa: “Por uma graça e favor singular de Deus omnipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição” (Catecismo da Igreja Católica, 491).

Na Nota Pastoral elaborada a propósito desta comemoração, Dom Virgílio Antunes refere que “Coimbra faz parte irrenunciável desta história de acolhimento da Virgem Maria pela Igreja, pois, tanto nas manifestações da piedade popular como na reflexão académica de cariz teológico dá passos muito significativos”, traduzidos no  Decreto do bispo D. Raimundo Evrard, mas também no seu acolhimento pelo povo e pela Universidade.

Para a comemoração desta efeméride, o Bispo de Coimbra convida a comunidade diocesana a celebrar festivamente e a aproveitar “este tempo de graça para colher tudo o que Maria tem para nos ensinar como Mestra da fé, Estrela da Evangelização, Testemunha de Santidade no Seu amor a Cristo e à Palavra de Deus, Serva Fiel do Senhor, Modelo e Imagem da Igreja, que acolhe o Espírito Santo.”

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