Saúde

Se a comida cair ao chão é dos que segue a regra “dos três segundos”?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 meses atrás em 30-01-2024

A Internet está cheia de teorias: umas mais verosímeis que outras. E se formos aprofundar o tema da alimentação, encontraremos testes e mais testes, sugestões atrás de sugestões. Entre elas, está a famosa regra dos três segundos: diz-se que o que cai ao chão durante um máximo de três segundos pode ser apanhado e ingerido.

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Bruno Brunetti, especialista em microbiologia e autor de uma página de Instagram dedicada a testes, fez um vídeo onde mostra o que acontece numa situação destas: um pedaço de comida cai ao chão, onde fica apenas durante os tais três segundos e outro não cai. Vistos ao microscópio apresentam claras diferenças – o que entra em contacto com o chão tem muito mais impurezas. “É importante quebrar crenças populares sobre alimentos que não têm base científica e adotar boas práticas na manipulação de alimentos que garantem a segurança do que comemos”, escreve o especialista no vídeo.

Joana Jacinto, nutricionista, confirma a mesma ideia: “Há uma contaminação imediata. Ainda assim, o nosso sistema imune depois dá conta da grande maioria dos agentes patogénicos, portanto não será grave”, garante.

“A verdade é que no dia a dia não estamos expostos a alimentos asséticos. A cozinha é do locais com maior contaminação. Quando se mexe nos alimentos a seguir a pegar no pano da cozinha ou na tábua, por exemplo, já está tudo ‘contaminado’.” No entanto, garante a nutricionista, o sistema imunitário está cá para isso. “Acho que é uma questão de bom senso se se decide comer ou não”, pode ler-se na Máxima.

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Ao Business Insider, o microbiologista Philip Tierno, recomenda que se opte por não comer. “Se deixar cair alguma coisa de comida ali [no chão], não a coma”, alerta Tierno. “Muitas pessoas fazem coisas estúpidas e seguem a regra dos três segundos, que é um disparate”. A menos que se higienize religiosamente o chão, “não devemos comer qualquer alimento que lhe toque, porque está repleto de todos os tipos de vírus e bactérias”.

Isto inclui não só os germes desagradáveis que se infiltraram em casa através dos sapatos, mas também os germes persistentes que vêm da casa de banho, dos animais de estimação e até da comida da sua própria cozinha, diz ainda o especialista.

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