Saúde

Sabia que petiscar pode afetar a sua saúde mental?

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 12 meses atrás em 08-05-2023

Por vezes não é possível  parar no nosso dia a dia e perceber como estamos. É muito trabalho, stress e ansiedade. Há dias, que nem para comer uma boa refeição há tempo, só para petiscar. Seja um chocolate, bolachas, fruta, uma barra de cereais ou um pão com “qualquer coisa”.

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Mas quando este tipo de comportamento se torna repetitivo pode ser prejudicial para a nossa saúde. Na realidade, petiscar todo o dia afeta a sua saúde mental, revela o nutricionista João Rodrigues. “Trata-se de um comportamento intitulado por grazing, que consiste na ingestão de pequenas quantidades de comida de forma repetitiva e não planeada. Ou seja, no fundo não existe uma resposta ao estímulo da fome, o que faz com que a pessoa sinta que perde o controlo do que ingere”, explica.

Mas não confunda com a compulsão. Neste caso, existe um consumo de uma quantidade grande de alimentos numa única ação e não de forma repetida (como comer uma pizza inteira de uma só vez, por exemplo).

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O grazing está associado ao momento do dia em que a pessoa procura algum tipo de alívio na comida ou de relaxamento para compensar uma situação, afirma o profissional. “Por exemplo, quando nos sentimos sob pressão no trabalho, o instinto pode ser o de petiscar alguma coisa sem sequer darmos conta que não temos fome nenhuma e que aquele é um comportamento que serve apenas para nos relaxar”, refere.

Se sentir vontade de petiscar qualquer coisa de vez em quando não é um problema. É preocupante quando surge e já não conseguimos controlar o comportamento e não nos apercebemos que ele acontece de forma natural e inconsciente.

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Para o ajudar, o nutricionista João Rodrigues indica alguns dos sinais para os quais deve estar atento: “sensação de mal-estar provocada pelo excessiva ingestão de alimentos misturados, sentimentos depressivos ou ansiedade constante, baixa autoestima, stress em excesso associado a snacks sem parar, sentimento de culpa depois de petiscar alguma coisa e histórico de transtornos alimentares na família.”

Na presença destes sinais e na suspeita de que pode estar a petiscar todo o dia de forma inconsciente, deve consultar o seu médico a fim de juntos perceberem a origem do problema.

Se pensa que este pode ser o seu caso, então recorde-se nos momentos em que o faz mais – se no trabalho, em casa com a família ou até quando está no trânsito. A psicoterapia pode ser uma ajuda para quem tiver dificuldades em encontrar a origem do problema.

Para as pessoas que lidam com stress e ansiedade diariamente, as compulsões alimentares podem aparecer e surge então a tentativa de compensar esse tipo de sentimentos através da ingestão de alimentos, normalmente em pouca quantidade, mas muito calóricos, explica João Rodrigues.

Ora, este tipo de comportamento acontece porque o cortisol é lançado na corrente sanguínea “exigindo” essa ingestão energética, acabando assim por favorecer o transtorno.

Deve adotar hábitos a favor da saúde mental como a prática de exercício físico, adoção de um sono de qualidade ou até um reforço da vida social, refere o nutricionista.

Lidar com o problema também passa por fazer trocas mais saudáveis no momento do petisco, por exemplo, experimente substituir os alimentos calóricos por frutas ou bolachas sem açúcar.

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