Crimes

Rei dos aspiradores tem um mês para se apresentar em tribunal. Comprava e fazia sexo com meninas com menos de 18 anos

Notícias de Coimbra | 3 meses atrás em 19-01-2024

 O empresário alemão Matthias Schmelz, acusado de crimes de recurso à prostituição de menores e aliciamento de menores para fins sexuais, tem um mês para se apresentar em tribunal, sob pena de ser declarado contumaz.

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Um edital do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, assinado esta quinta-feira pela juíza Bárbara Churro, notifica o arguido conhecido como “Rei dos aspiradores” para “se apresentar em juízo dentro do prazo de 30 dias […] sob pena de, não o fazendo, ser declarado contumaz”, ou seja, considerado foragido à justiça.

Matthias Schmelz tem mandados de captura nacionais, europeus e internacionais emitidos há já cerca de um ano, na sequência da decisão do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) de o pronunciar à revelia para julgamento, não tendo entretanto comparecido junto das autoridades.

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O empresário alemão responde por 21 crimes de recurso à prostituição de menores agravado e cinco crimes de aliciamento de menores para fins sexuais.

Os factos deste caso tiveram lugar entre 2018 e 2019, com o Ministério Público (MP) a acusar o cidadão alemão de se aproveitar do “estatuto socioeconómico elevado que detinha” para aliciar “jovens com idade inferior a 18 anos para consigo manterem relações sexuais a troco de quantias situadas entre os 200 e os 400 euros”, tendo os alegados crimes ocorrido num hotel em Lisboa e na residência que tinha em Cascais.

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“Para poder usufruir dessas práticas com jovens que não conhecia, oferecia as quantias monetárias avultadas não só à menor que lhe apresentasse uma nova jovem, mas também à menor com a qual aquela se fizesse acompanhar”, referiu ainda o MP numa nota em janeiro de 2023, notando que, na fase de instrução (fase prévia para o juiz avaliar se os indícios são suficientemente fortes para julgamento), o arguido “não colocou em causa os indícios recolhidos na fase de inquérito”.

De acordo com o despacho de acusação de maio de 2022, Mattias Schmelz “encetou fuga de território português” em 13 de novembro de 2019, na sequência de notícias divulgadas na comunicação social ainda durante a investigação do MP, deslocando-se primeiro para Madrid num veículo de transporte através da plataforma eletrónica Uber e depois, “de forma não concretamente apurada”, viajou para a África do Sul e, finalmente, Dubai.

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