Primeira Página

Região de Coimbra quer criar um plano para minimizar as desigualdades

Notícias de Coimbra com Lusa | 5 meses atrás em 05-12-2023

 A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra quer desenvolver um plano integrado, multinível e multissetorial para eliminar estereótipos, enfrentar a violência, a discriminação e proporcionar oportunidades equitativas para todos.

PUBLICIDADE

“Através do nosso Grupo Local Urbact, o objetivo específico é desenvolver um plano integrado, multinível e multissetorial, reunindo ‘stakeholders’ (partes interessadas) essenciais para criar um futuro mais inclusivo”, disse hoje a vice-presidente da CIM da Região de Coimbra, Helena Teodósio, no encontro de parceiros da FEMACT – Cities, uma rede composta por oito cidades e territórios europeus.

Deste grupo local Urbact fazem parte a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), o Centro de Estudos Sociais, o Instituto Pedro Nunes (IPN), a Associação Portuguesa de Demografia (APD), a Cáritas Diocesana de Coimbra, a reitoria da Universidade de Coimbra (UC), a Direção Regional de Cultura, o Ageing Coimbra, a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) e o município de Montemor-o-Velho.

PUBLICIDADE

Em 2021, a CIM lançou o projeto “Região de Coimbra, Com Igualdade”, que deu início ao diagnóstico e à implementação dos Planos Municipais para a Igualdade e a Não Discriminação em todos os 19 municípios da Região de Coimbra.

“Há passos que têm sido dados, felizmente, com bons resultados. Podemos ver que, em algumas áreas, já não há essa diferença entre o acesso de homens e mulheres”, afirmou.

PUBLICIDADE

publicidade

Helena Teodósio, além de vice-presidente da CIM, é também presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, sendo a única mulher que é presidente de Câmara nos 19 municípios que constituem esta Comunidade Intermunicipal.

A autarca lembrou que na área da política, é notável a predominância de homens em cargos políticos e, por isso, apelou à consciencialização da necessidade de ter mais mulheres nestas funções, não por “ser mulher”, mas porque há mulheres com “grandes capacidades e grandes conhecimentos”.

“Nós já temos muitos municípios e muitas juntas [de freguesia] que têm mulheres. Agora não temos, por exemplo, é quem esteja em número um [na lista do partido]. Esse era o apelo que eu aqui deixava, era que houvesse também essa sensibilidade”, sustentou.

Helena Teodósio esclareceu que a ideia é consciencializar que há funções que podem ser alargadas a homens ou a mulheres, e também sensibilizar as instituições para outros assuntos, tal como a flexibilidade de horário para um pai ou uma mãe, a fim de facilitar a conjugação da vida familiar com o trabalho.

O FEMACT – Cities, que vai criar um plano de ação para melhorar a qualidade de vida das mulheres, é coordenado pela Metrópole Clermont Auvergne e emerge do URBACT, um programa europeu de aprendizagem e troca de experiências na promoção do desenvolvimento urbano sustentável, financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Além da CIM da Região de Coimbra integram o FEMACT – Cities a Associação de Desenvolvimento Intercomunitário da Área Metropolitana de Cluj (Roménia), a cidade de Cracóvia (Polónia), a cidade de Postojna (Eslovénia), a Junta Administrativa do Condado de Skane (Suécia), a Szabolcs 05 (Hungria) e a cidade de Turim, Itália.

Presente hoje no encontro da rede, o vogal executivo da Comissão Diretiva do Centro 2030, Luís Filipe, referiu que houve dificuldades originadas pela pandemia, nomeadamente na qualidade e acesso dos jovens ao ensino e, também, no acesso dos jovens ao mercado de trabalho.

“O desemprego jovem, em particular na região, foi o que aumentou mais. Estamos a tentar perceber se foi temporário ou se é uma questão definitiva. É o ponto mais preocupante, de facto, o desemprego jovem”, frisou.

No seu entender, é necessário perceber o que aconteceu no período de pandemia para decidir se é necessário alocar mais ou menos apoios na educação, de modo a resolver a questão.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE