Coimbra

Rally de Portugal volta a partir de Coimbra

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 04-02-2020

O Rally de Portugal vai voltar a partir de Coimbra, no dia 21 de maio, com a cerimónia oficial prevista, tal como no ano passado, para a Alta universitária.

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A mítica prova do Campeonato do Mundo de Rally (WRC) voltou em 2019 à região Centro do país, 18 anos depois da sua última passagem, e o balanço não podia ser mais positivo: o evento trouxe milhares de pessoas para acompanhar a prova, contribuindo para aumentar a estadia média na região, tendo gerado um retorno superior a 31 milhões de euros.

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Manuel Machado, referiu esta manhã, na cerimónia de apresentação do evento, que decorreu no Salão Nobre da autarquia, que um evento desta importância para a economia e turismo da região deve ter o reconhecimento e o devido apoio do Estado central.

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É a 54ª edição do Rally de Portugal e vai para a estrada de 21 a 24 de maio, com passagens em Arganil, Lousã, Góis e agora também em Mortágua, uma das novidades desta edição. A etapa portuguesa do Campeonato do Mundo de Rally, organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), mantém-se, assim, na região Centro do país e volta a partir de Coimbra, com a cerimónia oficial de arranque marcada para o dia 21 de maio, na Alta universitária. A animação não irá faltar, estando já previstos espetáculos, sessões de autógrafos com os principais pilotos do circuito mundial e a passagem dos carros que vão fazer parte da prova.

A passagem do evento na região Centro agrada a todos os presidentes das Câmaras Municipais envolvidas, que partilham da mesma opinião: o Rally de Portugal é o evento nacional com maior projeção internacional, que capta mais visitantes para a região e que melhor consegue mostrar ao mundo a beleza paisagística, as pessoas e todo o potencial turístico do Centro do país. Além disso, o Rally de Portugal gerou, no ano passado, segundo um estudo apresentado pelo professor da Universidade do Algarve, Fernando Perna, cerca 31,7 milhões de euros em gastos efetivos no Centro do país. Na opinião de Manuel Machado, agora só falta o evento ser reconhecido e apoiado também pelo Governo.

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“Nós estamos a ajudar Portugal a mostrar-se no exterior. São milhões de pessoas que têm oportunidade de ver a nossa região a pretexto dos automóveis que vão circular no Rally de Portugal. É uma oportunidade a não perder, uma forma de projetar a qualidade de vida que há no nosso país, as belezas naturais, de estimular a visita.

Estamos a mostrar para o exterior um estímulo complementar que justifica a visita e estamos a ajudar a economia portuguesa a progredir e a melhorar. É hora de haver colaboração, apoio financeiro a esta oportunidade de mostrar o que Portugal é, o que Portugal tem, o que Portugal vale”, considerou Manuel Machado.

Uma opinião partilhada pelo presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado. “É também através dos grandes eventos que somos capazes de catapultar a nossa economia e este é um evento âncora. Vamos bater-nos para que tenha o reconhecimento e o apoio do Governo”, defendeu Pedro Machado, realçando que o Rally de Portugal “é um evento que promove os territórios de forma integrada”, que teve, na edição passada, um investimento de 600 mil euros e um retorno de mais de 31 milhões na região Centro, e que é “uma grande ajuda” para cumprir o objetivo de aumentar o número de noites que os turistas passam na região. É, ainda, sublinhou, “um aliado muito forte para a promoção efetiva do destino Centro”.

Ainda a propósito deste assunto, o vice-presidente da CM Coimbra, Carlos Cidade, considerou também que “o evento é merecedor de reconhecimento e apoio financeiro do Estado” e adiantou que os 14 municípios e as duas entidades regionais de Turismo que integram a prova já se encontram a “formalizar essa necessidade e a sensibilizar para a importância do Estado reconhecer a relevância do evento e dar o seu contributo”.

Os presidentes das Câmaras Municipais de Arganil, Lousã, Góis e Mortágua, respetivamente Luís Paulo Costa, Luís Antunes, Lurdes Castanheira e José Júlio Norte, salientaram a relevância do evento, a importância da sua passagem pela região, o retorno económico e a visibilidade e notoriedade que ele traz e agradeceram a confiança ao ACP.

O Rally de Portugal terá, nesta edição, mais quilómetros do que no ano passado, com uma extensão total de 1.582,25, contra os 1.463,55 de 2019. Ao todo, serão disputados 330,98 ao cronómetro, divididos por 22 provas especiais de classificação (PEC), enquanto em 2019 foram 311,59, cumpridos em 20 PEC.

No dia 22 de maio, disputam-se as primeiras especiais da prova, na zona Centro, primeiro com duas passagens por Lousã (1 e 4), Góis (2 e 5) e Arganil (3 e 6), seguindo depois o rali para norte, com o regresso de Mortágua (7), e fechando o primeiro dia em Lousada (8). No sábado, 23 de maio, estão previstas outras oito provas especiais, todas com duplas passagens, começando o dia em Vieira do Minho (9 e 12), Cabeceiras de Basto (10 e 13) e Amarante (11 e 14), para o Porto também marcar o seu regresso com a ‘Porto Street Stage’, um troço de apenas 1,93 quilómetros, que será cumprido duas vezes pelos concorrentes (15 e 16). O último dia da prova, a decorrer no domingo, conta com mais seis troços, também a serem percorridos por duas vezes, destacando-se o regresso de Felgueiras (17 e 20), que abre o dia, seguindo-se Montim (18 e 21) e Fafe (19 e 22). A segunda passagem por Fafe volta a ser disputada em formato de ‘Power-Stage’, com o aliciante de atribuir bonificações aos pilotos melhor classificados.

A organização da prova, na pessoa do seu diretor, Horácio Rodrigues, voltou a apelar aos fãs para terem um comportamento exemplar, rigoroso e seguro, durante todo o evento, de forma a assegurar a continuidade do Rally de Portugal no campeonato mundial.

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