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Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 13-06-2014

Cerca de 100 alunos já participaram no programa de ação social da Universidade de Coimbra que propõe atividades a tempo parcial aos estudantes em diferentes estruturas da instituição, disse a vice-reitora Margarida Mano.

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O Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo parcial (PASEP), criado pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) em dezembro de 2013, dirige-se a todos os estudantes da universidade, permitindo-lhes receber um apoio, que é convertido num desconto no pagamento de residência, de propinas ou em senhas de alimentação.

Juliana Silva, estudante de Psicologia, não conseguiu entrar no mestrado que queria e decidiu ficar a fazer melhoria de notas e a terminar duas cadeiras que tinha por fazer.

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O regulamento de atribuição de bolsas exige que os estudantes estejam inscritos num mínimo de 30 créditos e Juliana ficou sem a bolsa por apenas ter 12 créditos por fazer, tendo usado o PASEP como forma de pagar as propinas.

“Melhorias contam para pagar as propinas, mas não contam para a bolsa”, comentou, considerando que o programa foi “fundamental” para se manter no ensino superior.

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Juliana começou a fazer vigilância na Biblioteca Geral em janeiro, continuando com a mesma atividade na biblioteca da Universidade de Coimbra até julho, prevendo que a participação no programa lhe pague “a totalidade da propina”.

Sílvia Carvalho, aluna de doutoramento, participou no PASEP em janeiro e fevereiro, tendo arrecadado 250 euros também a fazer vigilância.

A estudante não conseguiu ficar colocada durante o período de aulas, voltando agora à vigilância entre junho e julho, escolhendo a conversão do apoio em senhas de almoço.

“É uma boa ajuda e o trabalho é muito acessível, mas devia haver mais ofertas”, salientou.

Também Fábio Carreira, de 21 anos, participou no PASEP entre janeiro e fevereiro, depois de ter perdido a bolsa por apenas ter realizado 56% das unidades curriculares, sendo obrigatório 60% de aproveitamento escolar.

Apesar de ter concorrido a várias propostas, apenas ficou colocado nessa primeira atividade, conseguindo cerca de 250 euros.

Fábio candidatou-se entretanto ao Fundo de Apoio Social (FAS), permitindo que o resto das propinas fiquem pagas, tendo a expectativa de no próximo ano voltar a ter bolsa.

“Todos os anos é uma batalha, mas neste momento apenas depende de mim. Se tiver 60% de aproveitamento, em princípio, terei bolsa para o ano. Se não tiver, vou ter de arranjar outra maneira para suportar o custo de estar cá”, contou.

Margarida Mano, vice-reitora da Universidade de Coimbra (UC), afirmou que houve um total de 500 alunos inscritos no portal do PASEP, tendo sido colocados 100 candidatos nas 17 atividades desenvolvidas até ao momento.

A responsável referiu que a instituição pretende agora “dinamizar, diversificar e ampliar” as atividades do PASEP para o próximo ano letivo, sublinhando que o programa é um complemento ao apoio já prestado pela instituição.

A vice-reitora sublinhou ainda a necessidade de se trabalhar na “sinalização” das situações de abandono do ensino superior e de encontrar diferentes formas de apoio social.

A UC está de momento a trabalhar numa iniciativa em conjunto com “entidades públicas e privadas”, que possam “estar interessadas em patrocinar programas em determinadas áreas de estudo”, informou Margarida Mano, prevendo que este projeto esteja pronto no “próximo ano letivo”.

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