Quercus insiste no risco das monoculturas e quer medidas condicionantes

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 21-09-2017

A associação ambientalista Quercus volta a alertar para os “efeitos perversos” das monoculturas, principalmente do eucalipto, nos recursos hídricos e biodiversidade, e pede medidas condicionantes para as plantações florestais de produção de madeira.

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eucaliptos

Aproveitando o Dia Internacional contra as Monoculturas de Árvores, que hoje se assinala, a Quercus “reforça a importância de serem tomadas medidas que imponham condicionantes de ordenamento do território e de gestão”, às plantações florestais para produção de madeira, nomeadamente na rearborização com eucaliptos.

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Para os ambientalistas, a criação e manutenção de uma paisagem em mosaico com espécies mais resistentes ao fogo como o sobreiro, castanheiro e carvalho, evita as extensas áreas de monoculturas e os riscos associados.

Em Portugal, salientam, “é bem evidente a expansão de monoculturas”, das quais destacam a expansão “desenfreada” do eucalipto, favorecida com o regime de arborização de 2013, que recentemente foi alterado, “apesar da demora na entrada em vigor”.

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“Os eucaliptais exercem efeitos perversos sobre os solos, recursos hídricos, a biodiversidade e promovem a propagação de fogos rápidos e descontrolados, também devido às projeções de materiais incandescentes, como se verificou este ano nos mega-incêndios de Pedrógão Grande, Góis e outros concelhos” do centro do país, refere a Quercus, em comunicado.

A produção agrícola ou florestal de uma só espécie “é altamente lesiva” para a biodiversidade, promovendo o aparecimento de pragas e o empobrecimento e erosão dos solos em larga escala, além de ter “efeitos sociais nocivos”, por estar muito exposta às variações dos mercados, defende.

 

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