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Quer ser motorista dos SMTUC? Eles fazem (quase) tudo “para lhe dar a volta”

Notícias de Coimbra | 1 mês atrás em 09-09-2024

 A administração dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) está a ponderar pagar carta e certificado de aptidão a futuros motoristas, para fazer face à falta destes trabalhadores, afirmou hoje o presidente do município.

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“Está em cima da mesa o pagamento da carta e da CAM [certificado de aptidão de motorista] pelos SMTUC e a realização de cursos específicos pelo IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], para se conseguir formar e contratar mais motoristas”, afirmou hoje o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra.

O autarca falava no arranque da reunião do executivo municipal de hoje, onde está também previsto o debate e votação de uma proposta que reduz a oferta atual dos SMTUC, face à falta de motoristas (o conselho de administração estima faltarem 32 trabalhadores, apesar de terem concursos abertos de forma contínua).

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Segundo José Manuel Silva, o conselho de administração dos SMTUC está à procura de soluções, “nomeadamente em contactos com o IEFP”.

O presidente da Câmara afirmou que o executivo procurou garantir a reposição da carreira de agente único (permitindo aumentar a remuneração base dos motoristas), mas o anterior Governo (PS) “recusou” essa solução, aguardando “eventuais desenvolvimentos” do atual Governo (PSD/CDS-PP).

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Na Assembleia da República, em 2020, dois projetos do Bloco de Esquerda e PCP para reposição da carreira de agente único foram rejeitados com votos contra do PS (com exceção de seis deputados) e Iniciativa Liberal e abstenções de PSD e CDS-PP.

“Naquilo que depende de nós, tudo temos feito e aplicámos a opção gestionária aos motoristas dos SMTUC, no sentido de valorizar a sua carreira, mas sabemos que o impacto é limitado”, vincou.

Nesse sentido, José Manuel Silva pediu ao conselho de administração dos SMTUC para dar prioridade à realização de estudos sobre uma eventual empresarialização daqueles serviços, que permitiam outra autonomia e liberdade no que toca aos vencimentos dos seus trabalhadores.

“Este caminho, à semelhança do que aconteceu com a empresa municipal Águas de Coimbra e recordando o bom exemplo de Braga, permite a resolução dos problemas mais graves que atualmente condicionam a capacidade de resposta dos SMTUC e agiliza as suas decisões estratégicas. Cada vez é mais urgente uma solução que permita continuar a garantir o inestimável serviço público prestado pelos SMTUC. Não há tempo a perder”, sublinhou.

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