Quando ficamos a saber que alguém morreu, especialmente numa idade mais cedo do que o esperado, há muitas vezes perguntas difíceis. A principal: como aconteceu?
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“Acho que quando ouvimos falar de alguém que faleceu em tenra idade, isso abala o nosso sentido de normalidade e a forma como conceptualizamos o mundo”, disse Rachel Thomasian, terapeuta. “Temos a crença geral de que as pessoas vivem até ficarem velha”, refere.
Acrescentou que não saber a causa da morte pode nos levar a pensar em todas as formas possíveis de uma pessoa morrer. Esta necessidade de saber a razão pela qual uma pessoa relativamente jovem morreu tem como objetivo dar-nos alguma noção do motivo pelo qual isto pode acontecer.
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“As pessoas têm um medo natural da própria morte, por isso, quando ouvem falar de uma morte prematura, saber como morreram pode dar-lhes uma sensação de controlo, para que possam tentar evitar”, disse Thomasian.
“A necessidade neurológica de entender como e por que alguém morreu está relacionada a um conceito que os psicólogos sociais chamam de ‘encerramento cognitivo’, que se refere à motivação para encontrar respostas para situações ambíguas”, disse Becky Stuempfig, terapeuta. “Todos nós temos diferentes níveis desta necessidade e muitas vezes aumenta durante eventos stressantes, como uma morte. Os nossos cérebros lutam com o desconhecido e traz-nos paz quando conseguimos responder o “porquê” e acabar com o mistério”, explica ao HuffPost.
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No entanto, este impulso pode tornar-se problemático em determinadas situações, acrescentou. Por exemplo, pode precisar dar um passo atrás se o seu desejo de saber a causa da morte de alguém se tornar obsessivo e interferir no seu funcionamento diário. Não deixe que isso afete o seu sono ou a sua capacidade de concluir o trabalho ou outras tarefas.
Pergunte a si mesmo se o seu desejo por essas informações está relacionado a um problema mais profundo que deveria resolver com um terapeuta profissional.
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